A viagem do presidente chinês, Hu Jintao, por quatro nações, e sua participação na XIII Reunião dos Líderes Econômicos do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e o Pacífico (APEC) tem obtido "resultados frutíferos", segundo manifestou dia 20 o ministro de Relações Exteriores chinês, Li Zhaoxing.
Durante a viagem de 12 dias que iniciou, dia 8 de novembro, à Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha e Coréia do Sul, Hu tomou parte em mais de 70 eventos, disse Li, quem o acompanhou em toda a viagem.
O chanceler chinês apontou que a China e os quatro países têm ampliado o consenso e a confiança mútua para promover as relações.
Hu e os líderes dos quatro Estados trocaram de maneira profunda suas opiniões acerca de como fomentar os vínculos bilaterais sob a atual situação internacional, alcançando um amplo consenso, indicou.
A China e a Grã-Bretanha concordaram em intensificar o diálogo político e a cooperação tanto nos assuntos bilaterais como nos internacionais, levando assim sua parceria estratégica global a um nível mais alto, relatou Li.
O ministro recordou que os líderes alemãos expressaram sua boa vontade de estimular a cooperação entre a Alemanha e a China, e de enriquecer sua parceria de grande responsabilidade para todo o mundo.
Os laços sino-espanhois têm entrado em uma nova era com a declaração conjunta firmada durante a estadia de Hu em Madri -- a primeira deste tipo depois de estabelecer as relações diplomáticas ? em que ambas as nações anunciaram o estabelecimento de uma ampla parceria estratégica, continuou Li.
Por sua vez, os dirigentes destes três países da União Européia, UE, também reiteraram seus desejos de consolidar e promover a parceria estratégica em todos os aspectos entre a Europa e a China, afirmou o chanceler chinês.
A China e a Coréia do Sul enfatizaram continuar aprofundando seus intercâmbios e na cooperação em vários terrenos, desenvolvendo uma ampla parceria cooperativa bilateral.
As quatro nações são alguns dos principais parceiros comerciais da China, destacou Li, e adiantou que o volume comercial entre a China e os mesmos representou quase 15% do total do registrado no país asiático no ano passado.
O ministro do Exterior chinês ressaltou que a viagem de Hu Jintao obteve resultados frutíferos.
A Coréia do Sul anunciou seu reconhecimento ao estatuto de economia de mercado da China, afirmou Li.
A China e os quatro países visitados por Hu firmaram um total de 35 documentos sobre a cooperação nos terrenos político, cultural, financeiro, judicial, aeronáutica, ferroviário, científico e tecnológico.
O presidente chinês informou aos líderes econômicos da APEC da posição que mantem Beijing para a promoção do equilíbrio e a estabilidade da economia mundial, assim como respeito ao crescimento sustentável, destacou o chanceler chinês.
Segundo Li, o presidente Hu também expôs a postura chinesa acerca de uma ampla cooperação em prol do desenvolvimento entre os membros da APEC.
Hu conclamou que a comunidade internacional trabalhe conjuntamente para enfrentar o desequilíbrio registrado no desenvolvimento econômico mundial de maneira que se aprofunde e se amplie a colaboração nos terrenos econômico e tecnológico.
No que se referente à gripe aviária, Hu assegurou aos líderes participantes que a China presta uma grande importância à prevenção e o controle da doença, e que tem adotado várias medidas positivas para controlá-la.
Hu, que propôs a celebração no próximo abril em Beijing de um seminário da APEC sobre como controlar a epidemia, e conclamou que os membros deste fórum fortaleçam a cooperação para impedir a propagação do mal.
O presidente chinês expôs com claridade a estratégia energética da China, anotando que o país asiático não só é um grande consumidor de energia, como também um grande produtor da mesma.
Durante a visita, Hu informou aos líderes sobre o desenvolvimento da China e assegurou que seu país seguirá, com firmeza, a via de desenvolvimento pacífico, e continuará tomando o desenvolvimento econômico como sua tarefa central e máxima prioridade, concentrando seus esforços no mesmo.
Os líderes têm coincidido em que o desenvolvimento da China não representa uma ameaça, senão uma oportunidade, já que resulta útil para a paz e o desenvolvimento do mundo, sublinhou o ministro de Exteriores chinês.
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