Dotada de charme oriental, a lanterna colorida concentra a cultura milenar chinesa.
No século II a.c, segundo a estipulação dos imperadores da dinastia Han, no dia 15 de janeiro pelo calendário chinês, todas as famílias deviam pendurar as lanternas coloridas. Os imperadores, junto com sua imperatriz e as concubinas saíram do palácio para divertir-se com a população. Por isso, a Festa de Yuanxiao também é considerada como a Festa das Lanternas. Ulteriormente, esta Festa foi alistada como um importante evento do País e a sua envergadura de diversão foi ampliada ainda mais. Teria lugar nas ruas mais movimentadas ou centros culturais grandes festas e exposição das lanternas. Tanto os ricos quanto as famílias imperiais não poupavam o dinheiro para construir lanternas. Então, naquele dia, toda a cidade era iluminada, esplêndida e magnificamente. As pessoas, quer sejam homens ou mulheres, quer sejam crianças ou velhos, foram às ruas para contemplar as lanternas, adivinhar enigma de lanternas e assistir às danças de dragão, durante toda a noite. Todo o mundo mergulhou-se num mundo das lanternas. Um poema bastante famoso chinês descreve assim: "As flores são iguais todos os anos, mas todos os anos, as lanternas são diferentes."
As lanternas coloridas mais antigas da China eram maioriamente fabricadas com chapa de bambu, madeira ou metal (como esqueleto), colocando lá na superfície os materiais transparentes como a seda e papel. Depois traçam na superfície os desenhos coloridos. Desde as dinastias Tang e Song, (618-1279), os materiais para a produção das lanternas tornaram-se cada vez mais diversificadas. As pessoas hábeis utilizavam o corno dos animais, penas das aves, esmalte, couro ou seda na criação das lanternas. Assim, nasceram lanternas que se assemelham com a peônia e lótus, biombo e templo budista.
Na dinastia Song, sugiram grandes conjuntos das lanternas movidas pelo aparelho mecânico. As pessoas utilizavam sarilho para levar a água ao topo do grupo das lanternas, e guardam-na num grande armário de madeira. Quando a água flutuar é como se fosse uma catarata. A lanterna mais requintada e luxuosa nas festas das lanternas da dinastia Song foi a lanterna da montanha "Ao", pronúncia chinesa que poderia ser traduzido em um tipo de grande peixe ou tartaruga do mar nas lendas mitológicas chinesas. Segundo o mito chinês, a montanha "Ao" era a grande montanha do mar e às vezes flutuava com as ondas. Dizem que o imperador celestial ordenava 15 "Aos" para suportá-la e só assim poderia fixar a montanha "Ao". Os artesãos da dinastia Song aproveitavam tal significado para projetar grande conjunto de lanternas. Um ou vários "Aos" levam às costas as grandes montanhas. Nestas montanhas, além das lanternas, existiam ainda as pedras, árvores artificiais assim como as esculturas de budas e fadas etc. Este conjunto das lanternas simbolizando o poder estável e a paz eterna do país, os imperadores e funcionários também iam visitá-lo.
Na China, cada região possui seu próprio estilo das lanternas coloridas. Há mil anos, a lanterna colorida da cidade de Haining, na província de Zhejiang foi listada como um tributo para os imperadores. É caracterizada por excelente arte de desenhos bordados nas lanternas. Tendo chapa de bambu como o modelo (a estrutura básica), pôs os papeis e traça os desenhos com agulha. Existem no papel pelo menos dez mil buracos e ao máximo 300 mil furos. A luz, filtrada pelos buracos do papel pode formar as pinturas muito vívidas. A obra é como se fosse uma cópia da natureza.
As lanternas de Suzhou, na província de Jiangsu são conhecidas pela sua fina fabricação. Entre estas, uma lanterna móvel mostra mais a inteligência dos artistas chineses. Ela tem duplas camadas. Lá no centro, foi colocada uma vela acesa. O gás resultado da queima de vela faz a camada interna girar automaticamente. Traçadas as lendas mitológicas chinesas na camada interna, a gente pode contemplá-las através da camada externa.
Em Foshan, na província de Guangdong, há um tipo de lanternas cujos desenhos são feitos com os sésamos. As sementes coladas nos desenhos criaram um efeito tridimensional.
Hoje em dia, as lanternas vermelhas suspensas no Pavilhão da Paz Celestial de Beijing é o símbolo da cultura tradicional chinesa. Semelhantes ao tambor, são fabricadas com a gaza vermelha e barra de ferro. Para comemorar as festas tradicionais, os chineses do ultramar vão pendurar as lanternas vermelhas de modo a aumentar o ambiente festivo.
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