A economia chinesa encontra-se atualmente em um período chave de aterrisagem suave diante do investimento crescente, que é a força impulsora de sua rápida expansão econômica, segundo o informe de um grupo de trabalho da Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma (CEDR) da China.

O crescimento do investimento na China tem avançado na direção do investimento coordenado e estável durante os primeiros oito meses deste ano. "Toda a macroeconomia e o investimento entraram em um período chave de aterrisagem suave", segundo um informe publicado em uma edição da revista China Securities Journal.

O investimento urbano durante estes oito meses somou 4.115 bilhões de yuans (50,8 bilhões de dólares), 27,4% a mais que no mesmo período do ano passado, ou 2,9 pontos percentuais a menos que nos últimos dois anos, disse o relatório.

A taxa de crescimento dos investimentos tem estado em uma via gradualmente estável e racional, segundo o informe.

A China começou a diminuir o ritmo dos investimentos em setores superaquecidos como o de cimento, alumínio, aço e bens de base no início do ano passado, através de restrições monetárias e da oferta de terreno.

Ao mesmo tempo, a China reanimou os investimentos em agricultura, energia, educação e transporte para o desenvolvimento econômico social e coordenado.

A China enfrenta uma escassez crítica de energia devido à crescente demanda, derivada do rápido desenvolvimento econômico desde 1978.

A economia vem crescendo com uma média anual de 9,4%.

O relatório disse que a tendência para investimento e financiamento da China é o declínio estável, como resultado de dois anos de regulamentação macro econômica.

A produção e o desempenho de setores de corrente em baixa, como indica o setor de processamento da China, motor da economia do país, estão contraindo-se atualmente, diz o informe.

Isso reduzirá relativamente a demanda por matérias primas e outros produtos de corrente média, e por energia e outros produtos em corrente ascendente, disse.

A demanda decrescente desde a perspectiva do comércio exterior e interno indica que a expansão dos investimentos e do financiamento será restringida.

O crescimento de ano a ano dos empreendimentos da China na venda de artigos manufaturados durante o período de oito meses manteve-se em 27,6%, 5 pontos percentuais abaixo, ainda que os empreendimentos no comércio e na moradia em geral tenham se mantido fortes.

O comércio exterior da China cresceu 23,5% durante os oito primeiros meses deste ano, 14,7% a menos em relação com o mesmo período do ano passado.

O informe diz que a China deve ser prudente na regulação da escala de investimento e financiamento para manter um crescimento do investimento estável, e continuar suas prudentes políticas fiscal e monetária para um novo ciclo de crescimento econômico.

O grupo de trabalho também instou o governo chinês a abrir seu mercado de capitais aos negócios para diminuir a dificuldade de financiamento que experimentam as pequenas e médias empresas do país.

Também fez um chamado ao governo para que incremente a oferta monetária e de terrenos aos que foram chamados de os três cinturões de crescimento econômico: o delta do Rio Yangtze, o delta do Rio Pérola e o cinturão econômico do mar Bohai.

O delta do Rio Yangtze inclui Shanghai, a cidade de maior importância econômica e emergente centro internacional financeiro, comercial, e de transporte na parte continental da China (excluindo Hong Kong, Macau e Taiwan). O delta do Rio Pérola, que faz fronteira com Hong Kong, é conhecido como o maior centro de comércio exterior do país.

O Cinturão Econômico do Mar Bohai contém Beijing e a cidade portuária de Tianjin, dois dos quatro municípios do país que estão sob a jurisdição direta do governo chinês.

O grupo de trabalho disse que a China deve continuar seus esforços para estimular os investimentos nos setores da agricultura, o transporte e a educação, ao mesmo tempo que impulsiona a demanda interna com o aumento de produtos e serviços acessíveis para os grupos de ingressos medianos e baixos.