A Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com sede em Santiago, recomendou esta semana aos países da região a "pensar a China como sócio estratégico".
Num seminário com as Câmaras de Comércio do Chile, Brasil e Peru, o organismo reconheceu que o levantamento da China na economia munidial e o caráter de suas relações econômicas e comerciais com a região podem abrir uma nova etapa com enormes oportunidades e desafios para os países latino-americanos.
Esta reflexão se baseiana alta e constante demanda da China por seus recursos naturais, os crescimentos no prognostico em intercâmbios comerciais e a possibilidade de aproveitar estas relações para desenvlver a inovação e a produtividade.
Segundo o diretor de Comércio Internacional da CEPAL, Osvaldo Rosales, a China tem se tornado um sócio importante para vários países da região, indicando que o Chile envia ao país asiático 12% de suas exportações, o Peru, 10%, e a Argentina e o Brasil, 8%.
Especialmente os países da América do Sul se beneficiam por uma maior demanda de matérias primas do gigante asiático e por seus preços baixos.
Em resumo, os intercâmbios de bens da América Latina têm melhorado numa boa medida pelo dinamismo da China.
China, sexta economia mais grande do mundo
Antes de a China iniciar sua reforma econômica em 1978, tinha 30 países que a superavam em intercâmbios comerciais e, depois de 27 anos, o país ocupa o terceiro lugar a nível mundial, logo depois dos EUA e a Alemanha.
Este crescimento se acelerou entre 2000 e 2004, período em que o país cresceu cerca de 2,7 vezes mais que o período mundial. Ao mesmo tempo, a influência do mercado chinês como comprador das exportações do resto do mundo também tem contribuído ao maior dinamismo do comercio mundial.
Em termos de PIB, a China é a sexta economia maior de cobre, estanho, zinco, platina, aço e mineral de ferro, o segundo, de alumínio e petróleo, soja, e o terceiro de níquel, e o quarto de ouro.
O forte impulso de suas importações chinesas modificou a tendência dos preços internacionais, como nos casos de ferro, ouro, petróleo e soja.
Por estas condições, a China tem se levantado como uma peça chave nos equilíbrios macro econômicos globais, assim como um referente destacado nas estratégias de produção das principais empresas transnacionais do mundo.
Potencialidades de cooperação econômica da China e América do Sul
A CEPAL estima que este ano, a China representará o segundo mercado de exportações para Brasil, Chile e o Peru.
Nos últimos anos, as visitas dos líderes da Argentina, Brasil e Chile, tem contribuído a fortalecer as relações.
A China aplica uma política de aproximação com a América Latina no só na área comercial, mas também no campo de investimentos, o turismo, a cultura e o esporte.
Dessa maneira, as empresas chinesas se interessam em colaborar em áreas infra estruturais, energia, ciências e tecnologias.
A CEPAL avaliou que as relações econômicas bilaterais e a coincidência de posturas na área internacional com o Brasil, em particular na Organização Mundial de Comércio, assim como os vínculos com o Chile, fortalecidos quando este país presidiu o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, fazem com que a China privilegie seus laços com a América do Sul.
Para o Cone Sul, o gigante asiático represneta o maior mercado com maior crescimento no mundo, com uma elevada demanda de recursos naturais.
Construindo o futuro
Além de "pensar a China como sócio estratégico", a CEPAL recomenda aos países da América Latina e o Caribe relacionar o comércio com investimentos.
A instituição ainda sugere que além de atrair investimentos chineses, a região sul-americana deve promover uma política para que as empresas da região investam na China.
A CEPAL chama a atenção dos países da região a considerar a Ásia com a Grande China, pois com Taiwan e Singapura.
E perante a potencialidades das províncias continentais da China, o desenvolvimento portuário e comercial de Hong Kong, o alto nível tecnológico alcançado por Taiwan, assim como os avanços produtivos com tecnologias de ponta e os serviços qualificados de esportação de Singapura.
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