O presidente da Seção Brasileira do Conselho Empresarial Brasil-China, Roger Agnelli, disse dia 13 que o desenvolvimento da China não é ameaça senão oportunidade para estimular as empresas brasileiras a promover a renovação e aumentar a capacidade criativa.
Ao falar na abertura da conferência internacional Efeito China: Implicações para o planejamento estratégico empresarial em São Paulo, Agnelli sustenta que os empresários brasileiros devem ter uma visão objetiva sobre o rápido desenvolvimento da economia chinesa, distinguir bem o que é ameaça e o que e oportunidade, e elevar sua própria competitividade.
Agnelli, também presidente da Companhia do Vale do Rio Doce, maior produtora mundial de minérios de ferro, disse que o maior problema que afeta as relações econômicas e comerciais entre o Brasil e a China é a falta de conhecimento mútuo.
Pelo tanto, propôs aos empresários dos dois países que continuem aumentando o intercâmbio para ampliar o conhecimento, realizem competições sadias e trabalhem juntos para promover o desenvolvimento das relações econômicas e comerciais bilaterais.
Na mesma ocasião, o secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, disse que a China já é a terceira maior parceira comercial do Brasil, logo depois dos Estados Unidos e Argentina, e o governo brasileiro está decidido a promover as relações econômicas e comerciais com o país asiático.
De acordo com o alto funcionário, os produtos de importação e exportação entre ambos os países são cada vez mais diversificados e o comércio bilateral cresce ainda mais este ano, podendo superar a marca de um bilhão de dólares americanos. No que vai deste ano, disse Ramalho, as importações brasileiras de produtos chineses registraram um aumento de cerca de 50 por cento, o que provocou preocupação entre algumas pessoas.
Sem embargo, assinalou Ramalho, o aumento se deve principalmente à importação de mais consumos e componentes industriais, em especial componentes de celulares, produtos que são necessários para aumentar as exportações brasileiras.
A conferência internacional sobre o impacto da economia chinesa sobre empresas brasileiras é patrocinada pelo Conselho Empresarial Brasil-China e conta com a participação de mais de 400 personalidades.
Durante dois dias do evento, especialistas de vários países e regiões em assuntos chineses discutiram os temas Impacto Macroeconômico e Geoestratégico, Indústria: Competitividade e Supply Chain, Recursos Naturais e o Fator China no Planejamento Estratégico Empresarial.
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