Alan Greenspan, presidente do FED, o banco central americano, disse recentemente que a flexibilidade é o que ajuda a economia norte-americana a resistir os choques e evitar sérias recessões, referindo-se à habilidade do país de lidar uma subida nos preços da energia, como um exemplo mais recente.
"O desempenho impressionante da economia americana nas últimas décadas, apesar dos choques sofridos no passado que poderiam ter gerado contrações econômicas, oferece a mais clara evidência dos benefícios da flexibilidade cada vez maior do mercado," Greenspan observou para o Jornal Nacional da Fundação Ítalo-Americana.
"Mais recentemente, a flexibilidade de nossa economia de mercado permitiu-nos lidar razoavelmente bem com uma subida abrupta em preços imediatos e futuros para petróleo e gás natural que nós experimentamos nos últimos dois anos," ele disse.
Apesar do ciclo de negócios não haver desaparecido, ele observou, a flexibilidade tornou a economia mais resistente a choques e mais estável em geral ao longo das últimas décadas.
Greenspan também disse que o ambiente de máxima competitividade tem sido a força motora que impulsiona a flexibilidade econômica. Ele advertiu contra ações do governo para retirar a flexibilidade, como por exemplo, erguer barreiras para proteger a indústrias e trabalhadores americanos da competição global.
"O protecionismo em qualquer de suas formas, tanto internas como internacionais, não contribui com o bem-estar dos trabalhadores americanos," disse, "na melhor das hipóteses, é uma solução de curto prazo à custa de níveis mais baixos de qualidade de vida para a nação como um todo".
Em vez disso, o que o governo deveria providenciar era aumento na educação e qualificação para trabalhadores que perdem seus empregos por causa de competição estrangeira, disse Greenspan.
|