Cerca de 200 representantes dos países lusófonos vão participar na 10ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF), que decorrerá entre 20 e 23 de Outubro no Centro de Convenções e Entretenimento da Torre, um espaço que já não dá resposta ao crescente interesse gerado pelo certame.

O número de participantes lusófonos na MIF equivale a cerca do dobro das inscrições registadas na edição do ano transcorrido e demonstra que o papel de Macau como plataforma económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa está a produzir os efeitos esperados, sublinhou ontem Jackson Chang, director-executivo do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

Em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de apresentação da MIF, Jackson Chang disse ainda acreditar que a edição deste ano será a maior de sempre na história do certame, apesar das restrições impostas pela exiguidade do espaço de exposições.

De acordo com o mesmo responsável, a organização espera a chegada de cerca de 1.700 delegados, contra os 1.300 registrados em 2004, mas viu-se obrigada a restringir o vasto lote de empresários interessados devido à incapacidade do Centro de Convenções e Entretenimento da Torre em dar resposta à crescente procura, uma situação que contudo poderá ser suprida num futuro próximo com a abertura de vários empreendimentos em construção.

"Precisávamos de mais locais para podermos instalar mais expositores na Feira", disse Jackson Chang que, apesar de tudo, não deixou de frisar que as diversas actividades programadas irão permitir aos empresários locais e do exterior utilizar a MIF como "uma plataforma de exploração de oportunidades de negócios".

De acordo com a organização do evento, a presença portuguesa conta com o apoio do ICEP, que juntou "mais de 30 empresas de Portugal para visitar ou expor na MIF, as quais se dedicam à fabricação de vinhos, produtos agrícolas, nova e alta tecnologia, mobílias, indústria farmacêutica, materiais de construção e têxteis, estando prevista uma prova de vinhos para melhor apresentação deste produto".

Além de Portugal, a Lusofonia está representada pelo Brasil, Cabo Verde, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Moçambique e Angola e distribuída por um total de 40 stands de exposição representativos de 25 empresas e organismos de promoção, o que para a organização é uma prova de que o fórum de cooperação China/Países de Língua Portuguesa está a potenciar o interesse bilateral no desenvolvimento de negócios.

Organizada pelo IPIM com a co-organização de várias entidades locais e regionais, a Feira Internacional de Macau, que volta a estar em exibição no Centro de Convenções da Torre de Macau sob o tema "Promoção da Cooperação Regional e Desenvolvimento da Economia Diversificada", conta já com a inscrição de 110 delegações de visita ou exposição, provenientes de 36 países e regiões.

Numa nota divulgada pela organização, destaca-se que o certame "é um acontecimento anual de grande relevância económica e comercial para Macau" e que o seu principal objectivo "é promover a cooperação entre os meios empresariais de Macau e empresas externas".

"Paralelamente, pretende-se também expandir o mercado e estabelecer novas relações de negócios", refere ainda a nota.

Além dos espaços de exposição e venda, a feira volta a disponibilizar conferências, bolsas de contactos e de negociações.

"Durante o evento, empresários de todo o Mundo vão reunir-se em Macau, sendo uma boa oportunidade para conhecer novos parceiros e discutir planos de negócios e financiamento, pelo que todos os empresários de Macau são bem-vindos a participar", acrescenta a nota divulgada pelo Gabinete de Comunicação Social.

No global, a feira Internacional de Macau terá 345 stands de exposição, sendo 225 em área coberta e 120 ao ar livre.

A Feira contará ainda com uma área exterior dedicada aos produtos nacionais chineses e lusófonos onde se inclui o "Pavilhão para os Países de Língua Portuguesa", organizado pelo Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e pelo IPIM e para o qual foram convidados os sete países de língua portuguesa com o objectivo de melhorar a cooperação económica com estes países.