JOAQUIM ICUMA MUAFUMBA -Ministro do Comércio de Angola

Num evento realizada em Setembro em Macau, altos funcionários dos países lusófonos manifestaram grande interesse pelo mercado chinês. O ministro do Comércio de Angola, Joaquim Icuma Muafumba disse que seu país pretende continuar a apostar nas relações bilaterais com a China.

"A nossa primeira preocupação, no âmbito da realização deste Fórum, tem que ver com o estreitamento de relações com os países que estão presentes nesta iniciativa, especialmente no sector comercial. É sabido que a guerra, que em Angola se prolongou durante anos e assolou o país inteiro, acabou recentemente e, como tal, precisamos de investidores e empresários que demonstrem o interesse em apostar em no mercado angolano. Um dos nossos principais elos de ligação à comunidade internacional é a língua portuguesa e achamos que esta é uma boa oportunidade para, juntamente com os outros intervenientes, procurarmos as melhores soluções para os nossos países. Desta forma, pretendemos continuar a apostar nas relações bilaterais com outros países, aliciando os investidores e as grandes empresas a investirem em Angola.

Para já, a principal área de intervenção, para o Governo Angolano, é o sector das comunicações. Não existe em Angola uma rede de comunicações que, como todos sabemos, é uma importante base de desenvolvimento para qualquer nação. Mas também na área da construção tem que haver algum investimento, já que foi tudo destruído. Estes são dois sectores essenciais para se criar as condições necessárias à aposta no sector comercial.

Seguramente que para a expansão do comércio angolano, o Continente Asiático não pode ser esquecido. Este é um bom exemplo de uma rápida evolução. E Macau é um elo de ligação importante entre os países de língua portuguesa e a China. Este Forum aproxima-nos mais facilmente do que se as relações tivessem de ser estabelecidas através de outros meios. A concretização de projectos durante esta nossa estadia depende do próprio Forum, que é uma boa altura para sabermos se existem algumas possibilidades de acordo."