Para os alunos que vivem nas zonas remotas da Região Autônoma do Xinjiang, receber a educação do 2º ciclo do curso secundário nas cidades é uma valiosa oportunidade. Para tanto, a política educacional chinesa vem beneficiando cada vez mais os camponeses. O Ministério da Educação do País decidiu recentemente formar novas turmas estudantis em mais 13 cidades, elevando para 25 o número de cidades atendidas pelo programa. Cerca de 3.115 alunos serão admitidos, com um aumento de 2 mil vagas frente ao ano passado.
Através da seleção, os melhores alunos de Xinjiang graduados do 1º ciclo da escola secundária terão a oportunidade de estudar no Centro e no Leste, regiões economicamente mais desenvolvidas do país, e que gozam de melhor infra-estrutura educacional. Desde o início do programa (2000) Mais de 6,6 mil alunos da região estudaram em Beijing, Tianjin, Shanghai, Nanjing entre outras 12 cidades.
Ao longo dos cinco anos, os estudantes aplicados, austeros e honestos deixaram profundas e inesquecíveis impressões aos professores do interior da China. Em Junho de 2005, o filme "Irmãs e irmãos", que descreveu de forma realista a vida dos estudantes das minorias étnicas do Xinjiang, foi bem acolhido pela audiência. E a convivência dos estudantes de diversas etnias também vem sendo cada vez mais apoiada pelas cidades desenvolvidas.
A demanda por uma vaga no interior da China é grande na região. Cerca de 30 mil alunos dispatam as vagas neste ano. Por isso, o Ministério da Educação do País elevará a oferta para 5 mil vagas.
Numa reunião de trabalho do Ministério da Educação, o ministro Zhou Jiri afirmou que a formação das turmas de estudantes de Xinjiang no interior chinês obteve positivos efeitos sociais, a apreciação dos dirigentes nacionais e de diversos setores. Em virtude disso, argumenta, o programa deve ser incentivado.
A par com a exportação dos estudantes, a região de Xinjiang está completando seu sistema educacional. Desde o ano passado, imitando a formação das turmas do interior, o governo de Xinjiang estabeleceu em Urumuqi, Kelamayi, Shihezi e Kuerle turmas do 1º ciclo do curso secundário. Até 2006, a capacidade de capitação de alunos desta categoria chegou a 5 mil por ano.
O responsável pela área, Sun Qi, afirmou que o objetivo não é o de apenas popularizar a educação de base, mas conceder uma fonte de alunos mais qualificada e estável para as turmas do 2º ciclo do interior.
Segundo ele, graças à política preferencial, cerca de 90% dos estudantes do Xinjiang que foram estudar no interior pertencem às minorias étnicas e, mais de metade é composta por camponeses. Neste ano, essa política continuará sendo aplicada e está inclinada a priorizar os estudantes dos menores grupos étnicos do Sul daquela região.
Conforme o Departamento da Educação da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, desde a reforma e abertura, o Partido e o governo ficaram atentos à educação nas regiões povoadas pelas minorias étnicas. O estabelecimento de turmas estudantis de Xinjiang no interior aproveitou as condições econômicas e educacionais para formar seus talentos, contribuindo com o desenvolvimento social e econômico do Oeste da China.
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