Com o desenvolvimento rápido da China, surgiu a versão de ameaça da China,mas o emppresário Steve Forbes fez uma avaliação
O desenvolvimento da China criou grandes oportunidades comerciais para o mundo e "não é uma ameaça" para outros países, disse ontem o empresário Steve Forbes durante uma entrevista exclusiva com a Xinhua.
O editor multimilionário, diretor geral e editor chefe da Forbes, citou as palavra do ex-presidente dos EUA, John Kennedy, "uma maré ascendente levanta todos os barcos", para expressar que a prosperidade chinesa cria oportunidades para todo o mundo.
O crescimento econômico do país asiático é um importante tema na Conferência Global da Forbes, da qual participa o empresário,e "China" foi a palavra mais usada pelos participantes.
Entre outros temas, falou-se do desenvolvimento chinês e da inovação tecnológicas de cada país, das oportunidades criadas pelos jogos olímpicos de Beijing, do futuro do crescimento econômico da China e Índia e a influência dos dois países na economia mundial.
Forbes disse durante a entrevista que as políticas econômicas e monetárias aplicadas pelo governo chinês no ano passado são sensatas e servirão para resistir ao impacto da crise asiática.
Sublinhou que o exterior não deve exercer pressões sobre a China, porque se o fizerem provocarão resultados contrários ao esperado.
Também qualificou de "miopia" atribuir muitos problemas internos ao déficit comercial com a China.
Indicou que atualmente existem temores de que o crescimento chinês cause enormes e dolorosas mudanças nas indústrias existentes. " Mas essas mudanças vão ocorrer de qualquer jeito. Nos negócios, sempre é necessário ajustar-se às mudanças em diferentes circunstâncias", asseverou.
Forbes exortou políticos e diplomatas de todos os países a criarem juntos um ambiente que facilite o crescimento de China e Índia, e propôs à China para que continue o fortalecimento de seus contatos com o exterior para eliminar as preocupações que vêm de lá.
Indicou que a alta demanda chinesa por recursos energéticos, assim como da Índia e de outros países em desenvolvimento, resultará em mais suprimento de petróleo e energia, e não em incertezas.
O crescimentos de ambos os países asiáticos poderá conduzir à restauração do setor energético dos Estados Unidos para fornecer energia barata e alternativa, assinalou.
Durante o encontro, aproximadamente 350 diretores gerais, líderes empresariais e industriais de todo o mundo expressaram sua esperança e confiança na economia chinesa.
Na abertura da conferência no dia primeiro de setembro, quando foi pedido que levantassem a mão as pessoas otimistas em relação à economia chinesa e indiana, quase todos os presentes as ergueram.
Durante as discussões, muitos sustentaram que o crescimento econômico de muitos países se deve às oportunidades criadas pelo crescimento chinês.
De outro giro, o primeiro-ministro da Austrália, John Howard, disse em seu discurso durante o evento que a China alcançou êxitos singulares e desempenha um papel importante na região e no mundo, e acrescentou que "a China não deve ser isolada".
Outros oradores da conferência também propuseram adotar uma atitude positiva diante do desenvolvimento chinês e exigiram fortalecer os contatos com Beijing.
A Conferência Global de Diretores Gerais (CEOs) da Forbes é um dos três fóruns econômicos do mundo. Nela se discutiram, entre outros temas, a tendência econômica mundial, os recursos energéticos, o meio ambiente e o desenvolvimento tecnológico. Fim
|