Em 1995, a China foi a sede da 4ª Conferência Mundial de Mulheres. A fim de celebrar o 10º aniversário daquele histórico encontro, o governo chinês organizou uma celebração especial no fim de abril. Muitos dos presentes participaram do o evento, durante o qual apresentaram suas impressões sobre a rápida expansão social e econômica da China e a constante elevação da posição da mulher chinesa. Ao mesmo tempo, eles afirmaram que desejam a ampliação dos intercâmbios e cooperações com a China nas áreas da infância e da mulher. No programa de hoje, vamos ouvir tais opiniões.
Há dez, Beijing foi palco da 4ª Conferência Mundial de Mulheres da ONU. O evento atraiu o maior número de representares de organizações governamentais ou não governamentais na história da ONU. Naquela altura, mais de 40 mil pessoas provenientes de todo o mundo se reuniram na capital chinesa. Durante a conferência, os representantes aprovaram a Declaração de Beijing, considerado o mais completo documento produzido pelas Nações Unidas em relação aos Direitos da Mulher.
O evento aconteceu entre os dias 29 e 31 de agosto.
Mais de 800 representantes provenientes de dezenas de países e das organizações internacionais participaram do ato para avaliar a aplicação da Declaração de Beijing nos últimos anos, assim como para discutir a ampliação dos intercâmbios e cooperações entre os países no desenvolvimento neste setor. O governo chinês deu muita importância a esta atividade comemorativa. Na cerimônia de inauguração, o presidente chinês, Hu Jintao, proferiu um discurso afirmando que a China, junto com outros países do mundo, promoverá o desenvolvimento da causa das mulheres.
Muitos presentes participaram da 4a Conferência. Dez anos depois, eles se reencontraram em Beijing. As palavras da organizadora - geral do Fórum das Organizações Não - Governamentais, Khunying Supatra Masdit, da Tailândia, talves possam expressar o sentimento que tomou conta dessas autoridades. Ao visitar o jardim comemorativo da 4ª Conferência Mundial de Mulheres, situado no distrito de Huairou, nordeste de Beijing, Supatra disse:
"O jardim comemorativo faz-me lembrar as atividades do Fórum das Organizações Não-governamentais. Há dez anos, nós, mulheres provenientes de todo o mundo, discutimos os temas relacionados à mulher. Ao mesmo tempo, a população de todo o mundo também conheceu Huairou, através da 4ª Conferência Mundial de Mulheres. Estou feliz por poder voltar a este lugar e emocionada por reencontrar os amigos que fiz naquele período".
Supatra acrescentou que Beijing ficou mais bonita e próspera. E as mudas plantadas por nós, símbolo da amizade e esperança, já se tornaram árvores grandes.
A paquistanesa Anisa Zeb Tahirkheli elogiou, na qualidade de ministra de Informação e Transmissão, os avanços alcançados pelas chinesas. Ela disse:
"Na China, as mulheres trabalham em todos os setores. Nós podemos aprender muitas coisas com elas. As mulheres de meu país querem aprender com suas experiências, especialmente na área econômica e comercial".
No Hotel Beijing, onde os participantes se hospedaram, Chen Huilai, representante de Beijing, falou aos representantes estrangeiros sobre os avanços femininos nos últimos anos. Ela disse que uma parte de suas amigas são empresárias e contribuem muito para o desenvolvimento econômico do país. Chen é vice-secretária-geral da Associação de Prefeitas da China. Há dez anos, diz, a China possuía apenas cerca de 300 prefeitas. Desde então, o número dobrou. E na área política do país, as lideranças femininas desempenham um importante papel com sua energia e entusiasmo.
Mas, os níveis de desenvolvimento das mulheres e crianças em diferentes regiões da China não são iguais. Nas zonas remotas, a situação das mulheres e crianças não é tão satisfatória. Por exemplo, as mulheres não são independentes economicamente e as crianças das famílias pobres enfrentam ameaças ainda maiores no acesso à educação obrigatória do país. Tudo isto merece grande atenção dos participantes da reunião. Eles manifestaram o desejo de ampliar as cooperações com a China e até de participar de suas causas.
Jane L. Zimmerman, representante da Austrália, dedica-se a angariar doações para ajudar as alunas pobres da Região Autônoma da Mongólia Interior da China. Ela disse:
"Acho que as mulheres chinesas já conseguiram muitos êxitos em todas as áreas, porém, há muito por se fazer. Fico muito contente por poder contribuir com o desenvolvimento da causa feminina na China".
A chefe do departamento de assuntos internacionais da Associação Nacional de Mulheres da China, Zhou Xiaoqiao, disse à nossa reportagem que agradece aos representantes estrangeiros os elogios aos programas e às mulheres chinesas. E afirmou:
"Esperamos elevar a troca de experiências com representantes de outros países na promoção da igualdade entre homens e mulheres e no desenvolvimento da causa feminina. A reunião permitiu a ampliação das boas relações internacionais, a fim de promover os contatos e cooperações entre a China e outros países".
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