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(GMT+08:00) 2005-09-12 10:15:24    
"Esta é uma zona prioritária"

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"Esta é uma zona prioritária"

--FERNANDO SERRASQUEIRO, Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor de Portugal

Países lusofonos realizaram uma palestra de apresentação em Macau dias 5 e 6, com a finalidade de manter uma cooperação entre eles e a China. Quanto a isso, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor de Portugal, Sr. Fernando Serras Queiro está com muito otimismo. Segundo o jornal Tribuna de Macau informou, ele disse o seguinte.

"Temos altas expectativas para estes encontros. A estratégia do Governo Português é de considerar a China, e particularmente esta Região, com alguma prioridade. Esta é uma zona que tem vindo a emergir em termos de desenvolvimento com uma taxa de crescimento muito assinalável e sobretudo tem-se dirigido para uma área que nos é actualmente muito cara em Portugal, que é a das novas tecnologias e da inovação. Desde muito cedo que este Governo referiu esta zona como prioritária, designadamente ao nível do programa Inov Contacto, ao considerar esta uma região preferencial de estágio para os jovens licenciados portugueses. Sendo a China uma prioridade, fizémos contactos no sentido de encontrar empresas na China, portuguesas e chinesas, para que acolhessem os jovens licenciados portugueses para tomarem conhecimento com as novas tecnologias, com a inovação, mas também para terem um melhor conhecimento de um mercado que não é tão aberto, mais complexo e de difícil abordagem, como é o chinês.

Pese embora a base que temos aqui na China, através de Macau da qual já temos algum conhecimento, a evolução chinesa justifica de qualquer forma que Portugal amplifique as antenas que aqui tem.

Designadamente a nível do ICEP, porventura com a criação de mais um escritório em Xangai - estamos a pensar fazê-lo quando abrir o consulado em Xangai - e depois incentivar os empresários portugueses a virem à China. (...) Está cá uma delegação de empresários de calçado, tinha acabado de sair uma outra ligada aos móveis e há a possibilidade de haver outros contactos aqui. (...) O vinho também vai estar aqui presente, e até fui convidado para uma mostra do vinho de Borba. Os vinhos portugueses estão também a atacar este mercado.

Em termos institucionais, o Governo Português, no dia em que eu chego, faz sair da China um secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros que esteve em Pequim. Isto tudo serve dar uma rápida ideia do que é a perspectiva do Governo Português, a nível de abertura de vias institucionais e canais de ligação que permitam apoiar os nossos empresários. Ao mesmo tempo tentarei, neste forum, dar uma ideia do que é o Portugal moderno, do ambiente de negócios em Portugal e cativar todos os empresários que estiverem presentes para todas as oportunidades que Portugal oferece.

(...) Queremos incentivar muito a criação de novas marcas, porventura com ligação a empresário ou ligações locais, o que torna mais fácil a abordagem do mercado se tivermos aqui uma âncora, que nos permita abrir novos espaços económicos. Estamos agora na fase de um maior conhecimento e na busca de parcerias que possam ser importantes.

A nível político, estamos a tentar que a própria China veja Portugal como um parceiro no seu próprio processo de desenvolvimento em todo o mundo.

Integrados neste conjunto de Países de Língua Portuguesa e a China, tentamos também tirar partido do Forum para que a RPC conheça melhor Portugal e, neste seu processo de atacar outros mercados, possa ver Portugal como um país de destino dos seus investimentos.

(...)Na questão dos têxteis, a China é uma ameaça, porque está também a vocacionar-se para áreas onde Portugal tinha interesses económicos. Isso obriga-nos a reagir e acho que é também um estímulo, não podendo ser visto unicamente como um aspecto negativo ou uma ameaça, mas também um estímulo para que Portugal perceba que tem que incorporar mais qualidade, design, marketing e fundamentalmente inovação.

O mercado chinês é um mercado muito numeroso, e serve para Portugal perceber que tem aqui um potencial de negócios a explorar e ao mesmo tempo centros de estudo que merecem a atenção de Portugal, designadamente nas novas tecnologias.

Neste intercâmbio, porventura através dos têxteis e de outros produtos, temos de saber reagir, com qualidade, vocacionarmo-nos para nichos muito especializados, que até podem existir na China.

(...) Vejo que a China é um mercado apetecido, designadamente pelo número de consumidores, e porque o seu nível de crescimento também possibilita que entrem no circuito comercial novos consumidores que, por sua vez, passam a ter maiores rendimentos.

(...) Também me compete, promover o Portugal da inovação, que também temos, e é o que farei nas próximas intervenções. Trago vários exemplos, tais como a campanha do ICEP que tem vindo a promover, ao nível das novas tecnologias, software que a NASA utiliza, tecnologias de ponta, entre outros. Fomos inovadores na Europa na chamada via-verde que foi um processo todo concebido em Portugal e que teve novos desenvolvimentos.

(...) O Governo Português está atento a tudo o que se está a passar na China, na Índia e noutros países da região mas sobretudo sabemos quais as zonas mais importantes da China.

Deste modo, queremos dirigir os nossos jovens licenciados para um sector muito específico que existe na área de Xangai, sobretudo pelo seu desenvolvimento em termos gerais na China.

(...) O Governo tentará encontrar estágios nas capitais europeias e do mundo, mais desenvolvidas, dinâmicas e modernas e vocacioná-los para as áreas que nos interessam actualmente.

O Governo está a estudar ao nível do ICEP o redimensionamento da rede, porventura haverá sítios onde não se justifica a presença portuguesa - como por exemplo na Austrália -, porque somos o país que somos e temos os recursos que temos.

(...) As relações com Macau são excelentes, até porque temos recebido sinais de muita simpatia do Governo da RAEM. Quer pela forma como tem tratado Portugal nos seus diferentes contactos com outros países, quer pela presença portuguesa que se mantém a nível de toponímia, mas fundamentalmente pelo empenhamento que nós tivemos e que o Governo da RAEM também esteve, na classificação pela UNESCO do património que Portugal aqui deixou. Tudo isso são sinais de apreço pelo Governo Português para com a situação de Macau, que optou por manter a presença portuguesa, o que achamos muito bem, e que porventura reagiu de maneira diferente dos outros países que por vezes tentam esquecer o seu passado".

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