A poluição ambiental, o desequilíbrio ecológico, a falta de energia, os engarrafamentos de trânsito e demais problemas desse gênero perturbam cada vez mais a humanidade. Na conferência de 2005 do Fórum do Século 21, promovida pela China, a economia de energia ocupou o centro das atenções dos representantes.
"Racionalizar o consumo da energia é uma questão que aflige toda a humanidade. Para a China, a racionalização de seu uso tem mais significado", assinalou o diretor do Centro de Pesquisas do Desenvolvimento do Conselho de Estado da China, Wang Mengkui.
Se os cidadãos chineses não pouparem energia, com a maior população do mundo, os recursos enérgicos nacionais não suportarão a demanda originada pelo desenvolvimento do País.
Os chineses utilizam apenas um quarto da média mundial de água. No entanto, neste país, o desperdício de água atinge a dez bilhões de metros cúbicos por ano.
"Se não mudarmos este cenário, não podemos falar em desenvolvimento sustentável ou em modernização", alega Wang. O diretor também afirmou que está chegando a hora para se poupar energia.
O alto pesquisador responsável das políticas de meio ambiente e da infra-estrutura do Banco Mundial considera que a China não pode resolver o problema energético somente com experiências apreendidas com outros países. Para ele, a consciência advinda da atual crise abre oportunidade para resolver tais problemas durante o desenvolvimento.
A baixa ocupação de energia per capita, alta procura, altos custos, baixa eficiência e alta poluição são os problemas básicos da China em relação à energia, assinalou o vice-diretor da Academia Chinesa da Engenharia, Du Xiangwan.
O vice-diretor da Comissão Nacional do Desenvolvimento e Reforma, Li Shenglin, afirmou que o governo da China procura a resolução do problema energético com a base dos recursos domésticos, requintará a combinação de exploração e racionalização, expandirá a utilização de energias renováveis, fortalecerá as cooperações internacionais para estimular o desenvolvimento sustentável e melhorará a eficiência da utilização energética.
A diretora do Instituto do Desenvolvimento Sustentável e das Relações Internacionais da França considera que a mudança da distribuição da riqueza do mundo consolidou a posição de alguns países em desenvolvimento como a China, a Índia, o Brasil no cenário mundial, e estes países estão alcançando o nível dos países desenvolvidos, o que aumentou a demanda dos recursos energéticos mundial. A comunidade internacional tem a responsabilidade de ajudar esses países a escolherem o modelo e o caminho de desenvolvimento, bem como repassar as novas tecnologias para a transformação de energia.
"Construir uma sociedade intensiva e aprimorar a poupança de energia é a única saída para a China", afirmou o diretor do Instituto das Pesquisas de Energia da Comissão Nacional do Desenvolvimento e Reforma, Zhou Dadi. Segundo ele, se não houver significativas mudanças no perfil do atual consumo, o desenvolvimento econômico e social será afetado.
"Deve reformar o modelo e intensidade do consumo público e pessoal, formar o hábito e cultura de poupar a energia". Zhou considerou que os esforços promovidos pelos chineses constituirão uma força decisiva para o futuro do país, são uma contribuição para o mundo e à humanidade.
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