Acontece a conferência anual acadêmica 2005 promovida pela Associação de Ciência da China em Xinjiang, Oeste da China. Na ocasião, centenas de cientistas chineses apresentaram suas sugestões sobre o aproveitamento sustentável dos recursos naturais. Caro ouvinte, hoje na coluna Proteção Ambiental é Desenvolvimento, falaremos sobre o tema.

Presidente da Associação de Ciência da China, Zhou Guangzhao: Poupança é a prioridade

"A população dos Estados Unidos corresponde a menos de 5% da população mundial, mas consome 25% da energia global. A China possui uma enorme população. A partir de agora, temos que proteger o meio ambiente, desenvolver a economia circulatória, impulsionar a exploração de recursos e a poupança. Para o aproveitamento sustentável de recursos, a poupança é a mais importante, considerada como a única escolha".

O presidente da Associação de Ciência da China, Zhou Guangzhao, proferiu seu discurso, expressando sua preocupação: "Enquanto o desenvolvimento sócio-econômico chinês obteve os grandes progressos, não foram resolvidos alguns problemas graves, tais como o alto consumo, degeneração ecológica e a poluição ambiental. Atualmente, o consumo de energia, matérias primas e recursos aquáticos é superior à média dos países avançados".

A economia chinesa entrou numa nova fase de crescimento rápido, enquanto as contradições entre meio ambiente e crescimento econômico são cada vez maiores. Segundo os dados estatísticos, a ocupação per capita da China nos setores de terra, terra cultivada e florestas é muito baixo. Além disso, a superfície de erosão de solo atinge 3,56 milhões de quilômetros quadrados, ocupando 37,1% da totalidade.

"Temos que respeitar a natureza e as regras do desenvolvimento social e humano". Zhou disse.

Sun Honglie: Noroeste necessita poupar água

As zonas secas no Noroeste da China têm a ecologia fraca e a economia atrasada, o que se relacionam com as várias contradições nos domínios de recursos, meio ambiente, ecologia e desenvolvimento. "Na conferência anual, o famoso pesquisador de recursos terrestres e acadêmico chinês, Sun Honglie, apresentou cinco problemas a serem resolvidos, ou seja, a evolução dos recursos aquáticos; a coordenação entre o uso dos recursos hídricos e o uso de água na produção e na vida; degeneração das matas; a desertificação e a coordenação na construção ecológica.

Os cinco problemas se relacionam com a concretização do desenvolvimento sustentável no Oeste, dos quais, a água é a prioridade. "O Noroeste é uma zona árida ou semi-árida, carente de recursos aquáticos. Por isso, a água é o mais importante fator para o seu desenvolvimento sócio-econômico e à sua proteção ecológica." Sun salientou: "No Noroeste, estão destacadas as contradições entre o uso de água na produção, vida e ecologia. Para resolvê-las, temos que coordenar o volume de seu uso ".

Shan Lun: Desenvolver a agricultura que poupe o consumo de água

"O volume de recursos aquáticos do país é 2,8 trilhões de metros cúbicos, inferior ao do Brasil, Rússia e Canadá, equivalente ao dos Estados Unidos e Indonésia. Mas, o volume per capita é de apenas 1/4 da média mundial."

O acadêmico Shan Lun considerou que o núcleo do problema relativo aos recursos hídricos é a agricultura. "O volume do uso da água para a agricultura ocupa 70% da totalidade, enquanto nas regiões do Noroeste, o número atingiu 90%. Então, necessitamos de uma agricultura que poupe esse recurso".

Wang Hao: Elevar a eficiência do uso da água

Apesar da vasta superfície do Noroeste, a terra adequada à presença humana é muito limitada. No processo de desenvolvimento regional, temos que executar a estratégia com a finalidade de elevar a eficiência do uso da água, elaborar as medidas combinadas com o desenvolvimento econômico para a proteção do meio ambiente ecológico, a fim de promover a modernização agrícola regional.