O "ulabun", arte narrativa e da canção da etnia manchú em perigo de extinção, espera viver seu renascimento com a eminente publicação de uma série de livros em chinês mandarim.
A coleção contará com dez volumes e será publicada em breve, informou Gu Changchun, encarregado da elaboração dos livros.
O ulabun costumava ser representado pelos anciãos manchús nos momentos de lazer, durante os dias festivos e nas cerimônias religiosas.
Após a extinção da língua manchú, etnia a que pertencia a última dinastia imperial chinesa, a dinastia Qing, e cuja cultura foi arrasada depois sua queda em 1911, as celebrações tem lugar em chinês mandarim, a língua da população majoritária do país, os Han.
O ulabun não era somente um tipo de passatempo, como também uma forma de educação de carácter religioso.
Segundo o especialista em ulabun Fu Yuguang, a arte representa os relatos narrados sobre os sucessos históricos da etnia, por isso, tem grande valor cultural e histórico.
Na opinião de Wu Bingan, especialista em artes folclóricas da Universidade de Liaoning , o ulabun é a forma mais antiga da cultura manchú na sociedade tribual.
Sim embargo, este tipo de arte oral carece de registros escritos e a arte está à beira da extinção, com apenas dez mestres vivos em todo o país.
"Agora que a produção e o ambiente social tem mudando, este método educativo do clã resulta antiquado. O ulabun não podia passar de geração em geração, salvo para representações públicas", disse Fu.
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