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Nos museus dos Estados Unidos, França e Austrália, encontram-se peças de jade exóticas, umas em forma de cilindro, outras representando animais, finamente trabalhadas, que segundo se dizem , são chinesas. Mas datá-las e localizar a sua origem é um problema que está por resolver; ou melhor, estava! Inesperadamente, no oeste da província de Liaoning, na década setenta, foi encontrado um "dragão" de jade verde-preto na aldeia de Sanxingtala, de Ongniud, na Mongólia Interior. Esta peça de 26 cm, polida, feita de uma só pedra, representa um "dragão" com boca aberta, pescoço esticado, pêlos erguidos e corpo curvado, cheio de vigor. No dorso do dragão, um orifício permite atar-se-lhe uma corda; a cabeça e a cauda formam um ângulo reto. Na altura, a peça foi incorretamente designada como das dinastias Shang e Zhou.
Em 1973, os camponeses da aldeia de Hutougou, em Fuxin, descobriram um túmulo de pedra, semi-destruído, nas margens dum rio a oeste da sua aldeia. As escavações puseram a descoberto um círculo construído com pedras e um conjunto de cilindros de cerâmica, ordenadamente colocados junto do círculo de pedras. Encontraram-se dezoito relíquias de jade no túmulo. Estudos minuciosos permitiram datar as descobertas como sendo da Cultura de Hongshan. Com base nestas descobertas, as anteriores descobertas dos anos setenta, os jades descobertos no Oeste de Liaoning e Mongólia Interior, foram redatadas.
Na Cultura de Hongshan, os arqueólogos mostraram-se surpresos sobretudo por descobrir representações do dragão. Tratando-se da mais antiga omagem de dragão, até hoje revelada, símbolo da cultura antiga da nação chinesa e encarnação do todo poderoso poder imperial na história da China, a sua descoberta, entre os vestígios da Cultura de Hongshan, levantava, sobretudo, uma pergunta, esta cultura encontrava-se em que fase de desenvolvimento.
Figuras de mulheres de barro
No início da década passada, descobriram-se lugares de culto religioso do povo da Cultura de Hongshan, em Dongshanzui, no distrito de Harqin Zuoyi.
Situado a quatro quilômetros a sudeste do distrito, na margem oeste do Dalinghe, a aldeia Dongshanzui é cercada a leste, norte e oeste por colinas de lesse e foi aí que se descobriram estas ruínas. Largas áreas de planície estendem-se tendo o monte como centro, frente às ruínas;na outra margem do rio para sudeste, está a montanha de Majia e um passo de acesso. Evidentemente, este lugar foi considerado um lugar sagrado. Os povos antigos levantaram ali construções de pedra, de distribuição bem concebida, os diversos grupos de construções foram dispostos segundo um eixo sul-norte e prestaram atenção à simetria: construção principal, lateral e um muro sul-norte construído com enormes lajes compridas e trabalhadas. Frente à construção principal, a sul, existe um altar circular, com 2,5 m de diâmetro, ladeado de chapas de pedra muito finas. Na superfície do altar, uma camada de seixos pequenos. A maioria das figuras de barro foi desenterrada em redor do altar. Descobriram-se mais de vinte fragmentos de corpos de diferentes figuras humanas de barro, dois quais, existem duas peças relativamente completas, de duas mulheres, que chamam a atenção. Uma tem 6,8 cm e a outra, cinco. Ambas representando nus, meio levantadas meio sentadas, pernas levemente curvadas para frente, de barriga elevada e nádegas evidentes, com o braço esquerdo curvado, a mão esquerda sobre a barriga, mulheres grávidas. É pena que se tenham perdido as cabeças. Alguns especialistas acreditam ver nestas figuras uma "deusa da fertilidade" ou "deusa da agricultura". Outras figuras estão muito danificadas. Distinguem-se ainda duas figuras de mulheres sentadas, que segundo se deduz, da altura duma peça restaurada, teriam meio metro de altura, também de corpo nu, com as duas mãos cruzadas sobre a barriga, de pernas cruzadas, os pés sobre os joelhos. A cintura da figura está adornada com uma fita. Estas peças são muito preciosas.
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