Com mais de 1 milhão e 920 mil pessoas, os coreanos chineses habitam alguns pontos do JiLin, Heilongjiang e Liao Ning, três províncias do noroeste da China. O Zhou autônomo da nacionalidade coreana de Yenbian, na província de Ji Lin, constitui a maior aglomeração desta etnia.
O coreanos da China têm sua própria língua falada e escrita. Sua principal ocupação economica á a agricultura, mostrando uma sabedoria especial no cultivo de arroz em terras frias. O arroz por eles produzido no nordeste da China é de boa qualidade e grande valor nutritivo. Também é por eles cultivada a famosa pêra-maçã de Yan Bian, um híbrido de maçã com pêra, muito saboroso. A roupa dos coreanos são peculiares e baseadas especialmente na cor branca. As mulheres usam blusas curtas, saias compridas (para crianças) ou relativamente curtas e com pregas (para moças). Os homens usam camisas curtas, colete escuro, calças compridas e largas.
Nas zonas montanhosas, os alimentos básicos dos coreanos, são o arroz, o milho e o milhete. O talharim e pastel de arroz são tradicionais em sua cozinha. Este macarrão é feito com batatas, temperado com pimenta, maça, sementes tostadas e óleo de gergelim. O arroz glutinoso também tem um preparo muito variado, inclusive às vezes, com caldo de carne de cachorro, iguaria muito apreciada pelo coreanos.
As residências dos coreanos chineses são casas térreas, com dormitórios, quarto para hóspedes, cozinha e depósito. Sua cama tradicional, o "Kan" é feita de tijolos e azulejos. As paredes internas e externas são caiadas, o que ressalta o asseio e a alegria que caracterizam os coreanos. Uma boa visita deve saber respeitar os costumes coreanos de tirar os sapatos para entrar na casa e sentar-se sobre o "Kan", com as pernas cruzadas.
O canto e a dança são parte da vida diária do folclore coreano. As danças se destacam por sua postura garbosa e por serem acompanhadas de suaves melodias. Algo especial são as danças do leque e a do tambor. Jovens, crianças e velhos dançam e cantam, ao som de alegres e maviosos instrumentos musicais, durante as festas e nos intervalos do trabalho. Entre estes instrumentos musicais, destacam-se o tambor e o Jiye.
Os coreanos são também bons esportistas. Suas competições esportivas pingue-pongue, basquete, voleibol, bámintom, futebol se desenrolam em ambiente de entusiasmo, com a participação da família reunindo aldeias inteiras.
Os coreanos chineses também praticam vários tipos de luta, a mais popular das quais?uma variedade de sumô?se pratica num terreno circular de 8 metros de diâmetro. Os lutadores apresentam aspectos muito interessantes, com correias que cingem as pernas e a cintura e coques vermelhos na cabeça. Ao iniciar-se luta, os contendores olham-se de frente para ver quem consegue primeiro derrubar o adversário. A luta é de curta duração?apenas 5 minutos, com prorrogação de mais dois, caso não haja vencedor. Como o prêmio, o campeão recebe um boi, símbolo de saúde e prosperidade da etnia. Por ocasião da entrega do prêmio, o campeão, levando no peito um flor vermelha, dá uma volta com seu boi pela arena, sendo aclamado como um herói. Seis meses depois da luta, os aldeões se reunem para sacrificar o animal e saborear sua carne, compartilhando as honras e alegrias de terem um herói na aldeia. E, como não podia deixar de ser, o herói é alvo das maiores atenções e interesse por parte sobretudo, das jovens solteiras.
Entre as mulheres, é muito frequente a corrida com o jarro na cabeça. É uma corrida típica entre os coreanos. Com suas roupas mais belas, elas correm 20 metros, tomam uma toalha branca, dobrada na cabeça e correm mais 30 minutos, pegam um jarro de 5 quilos, põem sobre a cabeça e continuam correndo, a passos miudinhos para o jarro não cair. Quem chegar primeiro à meta final com o jarro ainda na cabeça, é vencedora. Algumas sempre deixam cair o jarro e isto é motivo de risos radiantes do público. Em geral, a mulher coreana tem uma grande prática em levar algo sobre a cabeça. Pois, normalmente, elas andam com o bebé atado às costas e na cabeça levam um cântaro dágua, um feixe de lenha ou uma trouxa de roupas, que podem pesar até 50 quilos. Às vezes, levam toda uma bandeja com o chá servido. O importante é levar sempre algo na cabeça, a fim de terem as mãos livres para os afazeres domésticos. A corrida com jarro na cabeça tem origem neste hábito de trabalho.
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