Dentro de dez anos, o Brasil poderá se tornar exportador de urânio enriquecido. A estimativa foi feita dia 8 pelo ministro da Ciência e Tecnologia do brasil, Sérgio Rezende. Segundo ele, o país tem atualmente a sexta maior reserva de urânio do mundo, mas um estudo mais detalhado pode dar ao Brasil o terceiro lugar no mundo.
De acordo com ele, até o fim deste ano, o país deve conseguir a autorização definitiva para enriquecer urânio, visando exclusivamente à produção de combustível para energia nuclear. Ele ressaltou, entretanto, que a possibilidade de exportar o minério não deve ser descartada.
O ministro lembrou que, para vender urânio enriquecido no mercado internacional, seria necessário investir em tecnologia, para aumentar a produção, e mudar a Constituição brasileira, que descarta a exportação de urânio pelo país. Rezende destacou que "Um país que tem a sexta, quarta ou terceira reserva de urânio do mundo tem de ter a capacidade de exportar esse produto porque é um produto de alto valor agregado, estratégico para o mundo".
Sobre o Programa Nuclear Brasileiro, o ministro disse que as discussões sobre o assunto vão ser aceleradas.Ele disse: "Não temos ainda um programa acabado para isso. Nós temos um programa nuclear que está em discussão, e essa discussão será acelerada nos próximos meses, pois precisamos nos posicionar no mundo" .
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