A "Associação para a Protecção do Património Histórico e Cultural de Macau" e a "Associação da História de Macau" apelam às diferentes camadas sociais para que se esforcem para assumir a responsabilidade cultural de protecção desse património de Macau, que ora ganha jus ao prestígio internacional, com vista a manter duradouramente o sucesso deste reconhecimento na inscrição da Lista do Património Mundial.
Numa nota que foi enviada ao JTM, a "Associação para a Protecção do Património Histórico e Cultural de Macau" começa por felicitar calorosamente a população de Macau pela decisão da UNESCO, "reconhecimento esse que já era há muito esperado pelos cidadãos de Macau" salienta.
Após ter tomado conhecimento desta boa notícia, a "Associação para a Protecção do Património Histórico e Cultural de Macau" reuniu-se, sem demora, na sua sede num encontro dos corpos gerentes, manifestando o seu regozijo pelo sucesso da candidatura, e celebrar a preservação das edificações históricas e culturais de Macau que agora conhecerão numa nova fase da evolução na sua vivência histórica.
Os locais da candidatura na admissão ao Património Cultural Mundial são 20, e estão relacionados com um conjunto sítios e zonas de edificações históricas que foram consideradas como património mundial. O sucesso dessa candidatura é um testemunho vivo do estabelecimento e evolução histórica da cidade, incorporando um legado arquitectónico original do património histórico e cultural de Macau e corporizando a boa convivência entre chineses e portugueses ao longo de vários séculos, com significado humanístico profundo e valor de relíquia. Este tesouro de civilização não pertence apenas a Macau e à China, mas também ao Mundo, porquanto o fruto deste reconhecimento proporciona sólidos alicerces e condições favoráveis para desenvolvimento de Macau que, com este título de mérito conseguido no presente irá afirmar-se e perdurar na posteridade.
O processo de candidatura foi iniciado em 2002, tendo obtido forte apoio do Governo Chinês que apresentou neste ano, como única candidatura, o Centro Histórico de Macau para a admissão à lista do Património Cultural Mundial. O sucesso alcançado é devido ao verdadeiro carinho e enorme empenho dispensado pela China a Macau, sob a égide de "Um País e Dois Sistema", após a reunificação de Macau, tem permitido aos cidadãos de Macau incrementar ainda mais o seu Amor à Pátria e promover a educação de amar China e Macau.
Após a reunificação de Macau à China, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau tem-se empenhado a reforçar à acção de preservação do seu património histórico e cultural, dando início ao processo da candidatura do Centro Histórico de Macau para admissão ao Património Cultural Mundial. Com o inestimável apoio da China e da população local, os bons resultados obtidos em muito servirão para elevar a confiança e determinação dos cidadãos de Macau na protecção do seu património histórico e cultural.
Aquando da sua fundação, a "Associação para a Protecção do Património Histórico e Cultural de Macau" tomou a iniciativa de propor à sociedade local, em Março de 2000, a restauração e a protecção da Casa do Mandarim, e a submissão de uma candidatura do Centro Histórico de Macau para admissão ao Património Cultural Mundial, o que teve bom acolhimento, não só por parte de individualidades da sociedade local, como também pelas entidades responsáveis pelos trabalhos de protecção de património do Instituto Cultural.
O sucesso desta candidatura, de certo, irá elevar internacionalmente o bom nome de Macau, alargar o seu capital intangível, proporcionar enormes oportunidades de desenvolvimento e criar sentido de responsabilidade na preservação e protecção do seu património histórico e cultural.
Não devemos apenas dar importância ao sucesso da candidatura, mas também prestar atenção ao futuro. Macau deverá agora aproveitar esta oportunidade para intensificar a promoção na educação e na divulgação científica sobre os valores culturais do seu património histórico. Simultaneamente, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau deve intensificar a promulgação de leis, o melhoramento da gestão desse património, a formação de quadros especializados e a dotação de recursos adequados para tal finalidade, propiciando à população de Macau um maior conhecimento, amor, e consciencialização da protecção e de utilização do seu património histórico e cultural. Só assim permitirá um desenvolvimento cultural e económico num harmonioso relacionamento mútuo, elevando o nome de Macau e promovendo a sustentabilidade da prosperidade económica e a estabilidade social.
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