Depois de assinalar que estes são apenas dois dos principais objetivos ambientais da China para o XI Plano Qüinqüenal (2006-2010), Xie esclareceu à imprensa que o País tentará estabilizar os sistemas ecológicos e as reservas naturais, deter a degradação nas áreas rurais e zonas pastoris, o ritmo da perda da biodiversidade e frear de maneira efetiva a saída dos recursos genéticos.

Xie reconheceu que a situação ambiental continua enfrentando sérias dificuldades e que ainda tem um longo caminho de problemas pela frente. O ponto de vista de Xie é compartilhado por altos escalões políticos chineses.

"O cenário do meio ambiente na China é muito grave em algumas localidades", advertiu o presidente chinês, Hu Jintao, durante um seminário de alto nível do Partido Comunista da China (PCCh). Para ele, a perda do meio ambiente saudável comprometerá a qualidade da água potável, do ar e dos alimentos, resultando em sérios problemas sociais.

O vice-primeiro-ministro chinês, Zeng Peiyan, também se manifestou sobre o tema. Ele disse que a proteção ambiental é uma tarefa chave no desenvolvimento de uma sociedade socialista harmoniosa e que todos devem ter acesso à "água potável, ar limpo e um meio ambiente saudável". Ele também anunciou que a contenção dos problemas ambientais integrará a avaliação dos funcionários do Partido, disse Zeng. O vice-primeiro-ministro também revelou que os governos de diversos níveis devem mobilizar todos os setores da sociedade a trabalharem juntos em prol da proteção do meio ambiente.

As dificuldades e os problemas que a China enfrenta atualmente podem ser atribuídos em grande medida ao amplo uso dos recursos e à tendência de buscar um rápido desenvolvimento pelos governos locais. "Algumas localidades vêem mantendo a tendência de obter benefícios míopes a custo do meio ambiente", disse.

De acordo com Xie, para alcançar os objetivos do XI Plano Qüinqüenal, o governo chinês enfatizará seis áreas.

Estas áreas incluem reorganizar a disposição industrial e dos recursos; formar e preservar as reservas naturais; manter de forma ativa o desenvolvimento coordenado entre a sociedade, as economias e o meio ambiente regional; melhorar a proteção do meio rural e a supervisão do desenvolvimento para fins biológicos e, por fim, reforçar a administração orientada para a proteção e a segurança dos recursos das espécies biológicas.

Todas as localidades devem atualizar seus planos para poder aplicar melhor as medidas nacionais de proteção ambiental, disse Xie.

A AEPA exortou que os governos de todas as localidades acelerem a construção de projetos para o combate à contaminação dos rios e lagos do país. Xie indicou que os investimentos, tanto governamentais como não governamentais, devem ser elevados e que o governo deve elevar sua capacidade de proteção ambiental, bem como a avaliação do ambiente biológico deve ser levada a cabo a profundidade.

Cerca de dois terços das cidades chinesas não têm um abastecimento de água condizente com suas necessidades e uma em cada seis cidades padece de uma severa escassez de água. A situação piorou com a contaminação generalizada dos recursos hídricos.

De acordo com os especialistas, os problemas ambientais vão além da contaminação do ar, da água ou da terra e que estão se transformando em possíveis desastres naturais. Alguns deles chegam a atribuir as fortes inundações dos últimos dias às prolongadas e imprudentes atividades humanas das últimas décadas.

Nos últimos anos, o governo central vem priorizando o tema ambiental, pois este tem criado uma série de obstáculos ao desenvolvimento econômico, assim como várias inquietações sociais em algumas regiões.

O governo fechou mais de 40 fábricas de papel e minas de ouro este ano devido à excessiva contaminação.

"Ao mesmo tempo devem obter novos avanços na elaboração de novas leis, regulamentos e normas", disse Xie.