Em virtude das políticas de controle macroeconômico empreendidas pelo governo central da China, os profissionais dedicados as indústrias de bens e imóveis na China seguem liderando a lista de pessoas mais ricas do país.

Segundo uma lista publicada recentemente pela revista "New Fortune" de Guangdong, noventa e quatro dos chineses mais ricos pertencem ao setor de bens imóveis.

Esses magnatas do setor possuem uma riqueza estimada em 136,390 milhões de yuans (aproximadamente 16,4 milhões de dólares norte-americanos), e que constitui 23% da riqueza total dos 500 mais ricos no país. Os primeiros 17 mais ricos que compõem a lista contribuem com 18,500 milhões de yuans da riqueza total.

Por outro lado, os preços dos bens imóveis na China vem crescendo constantemente desde 2003. O preço médio da construção civil aumentou 14.4% em 2004. No primeiro trimestre de 2005, os preços aumentaram em 12.5% no ano.

No município de Shanghai, no leste do país, que possui um dos mercados de bens imóveis mais caros da China, o preço médio das regiões centrais e suburbanas superaram os 10 mil yuans (cerca de 1.200 dólares norte-americanos) por metro quadrado.

Por isso, está ficando cada vez mais difícil que as pessoas comuns comprem boas residências. A proporção de moradias razoáveis reduziu em 6,1% em 2003 e 4,6% em 2004 de acordo com Zhe Jingpin, porta-voz da Secretária de Estatística da China.

Construir e comprar imóveis comerciais, depois que a China iniciou a reforma no sistema empréstimos no início da década de 90, converteu-se no negócio mais rentável no país. Antes da reforma, a maioria da população urbana vivia em conjuntos habitacionais da sua unidade de trabalho e pagavam pouco pelo aluguel.

As práticas internacionais sugerem que o custo da construção constitui cerca de 72% do preço total do imóvel. O preço do terreno, impostos incidentes e lucro desejado constituem os outros 28% restantes.

Entretanto, atualmente na China, o gasto de construção de residências constitui somente 42% do custo total, enquanto outros aspectos constituem os 58% restantes.

Alguns empresários das indústrias de bens imóveis têm dito que os custos de concessão de terrenos estão crescendo de forma demasiada, contribuindo para elevação dos preços dos imóveis. Contudo, um funcionário da Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma afirmou que o aumento dos custos relativos aos terrenos e matérias primas somente contribuíram para o crescimento de 1.38% do preço final, se compararmos com o ano passado.