Terceira: Correção dos erros dos documentos históricos

Inscrições em bronzes foram documentos históricos inéditos, cujo valor histórico não só se restringe ao complemento dos registros históricos como à sua própria correção. Como por exemplo, a respeito do regime de propriedade de terras, versões como "nenhuma terra não pertence ao imperador, nenhum oficial de todo o reino não pertence ao imperador" encontradas em tais inscrições em bronzes mostram o sistema de integração política e econômica daquela época e que a propriedade de terras não podia ser alterada. Porém, foram encontradas algumas inscrições em peças de bronze desenterradas (foto 26) cujas inscrições mostram a mudança de propriedade de terras em condições específicas tal como troca de terra por outras matérias no período da Dinastia Zhou do Oeste.

Das inscrições de oito peças de bronze da Dinastia Zhou do Oeste referentes a troca de terra por matérias, notamos que o processo de troca já encontrava-se bem ordenado tais como (1) convênio bilateral, (2) apresentação para o imperador ou o ministro respectivo, (3) verificação de demarcação de terras, (4) registro do ato em livros de registro ou em inscrições em bronzes, e (5) banquete de sucesso.

Quarto: Caligrafia de inscrições

A caligrafia da escrita chinesa constitui um tesouro da nação chinesa. Dos traços de inscrições, podemos perceber que nas Dinastias Shang e Zhou, já usavam pincéis muito delicados, pois os pelos podiam expressar melhor os sentidos da escrita. As inscrições em bronzes foram feitas segundo a seguinte ordem: escrever primeiramente textos em cerâmica, depois fazer moldes, e depois fundir em bronze. Mesmo com desgastes de caligrafia original durante todo o processo de escultura e fundição, podiam ainda manter o essencial da caligrafia original. Das inscrições em bronzes do último período da Dinastia Shang, os traços são mais fortes nas pontas e mais grossas na parte central (foto 27).

Tanto em quantidade quanto em qualidade, as inscrições em bronzes da Dinastia Zhou do Oeste superaram as da Dinastia Shang, enquanto seus estilos se dividem basicamente em três variedades, segundo o período inicial, médio e final da Dinastia. As inscrições do início da Dinastia Zhou do Oeste, além de continuar o estilo da Dinastia Shang, já mostram mudanças de seus traços e uma maior regularidade como no grande vaso tripode Ding (foto 28), cuja caligrafia é mais quadrangular e bem distribuída.

Em meados da Dinastia Zhou do Oeste, a caligrafia mostra-se mais completa, com traços mais simples. Por exemplo, a do imperador Mu, era mais suave, a do imperador Gong, mais elegante, a do imperador Xiao é mais solta no grande vaso Ding (foto 29).

No último período da Dinastia Zhou do Oeste, o estilo da caligrafia das inscrições continuou e desenvolveu em relação aos anos anteriores, porém, tornaram-se mais maduros. A inscrição do vaso do reino do imperador Xuan tinha traços mais fluentes e no período do imperador Xuan (foto 30), foi encontrada uma inscrição com 499 caracteres, a mais extensa entre as de bronzes da antiga China e uma caligrafia já muito madura. Em resumo, a caligrafia de inscrições do último período da Dinastia Zhou do Oeste já se diversificava de seus estilos e formatos, porém, com uma tendência para uma estrutura mais harmoniosa e traços mais fluentes.