O rápido progresso da urbanização e a eliminação gradual de Hutongs e casas tradicionais de Beijing---Si Heyuan---despertou cada vez mais a atenção de toda a sociedade. Entre os dias 10 e 15 do mês corrente, a representação da UNESCO em Beijing organizou uma atividade cultural intitulada "Beijing e Beijing, desafio entre modernidade e preservação à antiga cidade". O evento constituiu em exposição das artes contemporâneas, palestras temáticas, conferências, exibição de filmes e etc.
O evento faz parte da série de atividade chamada "Continuidade social nas regiões históricas e culturais", iniciada pela UNESCO com a finalidade de acompanhar a urbanização da cidade de Beijing e as preparações para as olimpíadas de 2008. O tema é disputar problemas enfrentados durante a urbanização e a preservação sobre a antiga cidade. Todas as palestras e exposições são abertas gratuitamente ao público.
A parede de bicicletas, concebida por arquiteto, Wen Zixian, atraiu muitos universitários. Dezenas de bicicletas achatadas penduradas foram pintadas todos em branco. Wen explicou que há 20 anos, quando veio à China pela primeira vez, viu multidão de pessoas andavam na bicicleta e achou a cena grandiosa. Contudo, hoje em dia, a bicicleta parece que está saindo da memória das pessoas. A cor branca significa a memória.
Preservação à antiga cidade enfrenta desafios
Na qualidade de vice-representante da UNESCO em Beijing e funcionária responsável por projetos de preservação de Beijing, Genevieve vem acompanhando o trabalho de proteção sobre a antiga parte de Beijing. Ela descobriu que há dezenas anos, a demolição do interior da antiga cidade acontecida em todo o mundo em especial na Ásia danificou gravemente a sua original estruturação social. Desde 1980, Beijing viveu uma série de transformações semelhantes. A cidade expandiu para 160 quilômetros de Leste ao Oeste e 170 quilômetros de Sul a Norte. Mais de 13 milhões de pessoas residem em 18 distritos e comarcas.
Desde os anos 80 da última década, a super exploração do setor imobiliário e os pesados investimentos em mega-projetos desmantelaram dois terços do território de 62 quilômetros da antiga cidade de Beijing, fazendo desaparecer sucessivamente mil Hutongs e casas tradicionais---Siheyuan. Em virtude disso, novas construções misturadas com matriz ocidental e oriental substituem as arquiteturas tradicionais. A alma da cidade de Beijing está em perigo de extinção.
Genevieve considera que o ritmo da urbanização de Beijing é demasiado rápido. Os altos prédios modernos como se fossem cogumelos, crescendo incansavelmente para cima, enquanto os antigos templos, Hutongs e Siheyuan, a ervas dentro destes cogumelos. Genevieve descreveu assim sua sensação real sobre atual Beijing.
Encontrar novo ponto de equilíbrio entre Beijing moderno e tradicional
Um dos responsáveis deste evento e membro da Sessão da Ciência Humana e Social e da representação da UNESCO em Beijing, Zhang Su explicou que a denominação do evento refere aos dois conceitos: antiga cidade de Beijing e a nova Beijing. A atividade visa despertar a consciência da população sobre a preservação da antiga cidade e da solidariedade. Enquanto busca o equilíbrio entre a cultura tradicional e a moderna, encoraja os arquitetos, planejadores da cidade, estudantes de arquitetura, bem como comerciantes a construírem uma nova Beijing de maneira a torná-la uma cidade de reconhecimento cultural. Ao mesmo tempo em que se acelera a urbanização, diminui o máximo possível a danificação ao ambiente histórico e os patrimônios culturais. Devemos recuperar os Hutongs de Beijing com a precondição do respeito ao povo local e de seus seu valores históricos. Além disso, devemos conscientizar o público da importância do desenvolvimento sustentável e da continuidade da civilização humana. Por outro lado, temos que proteger os direitos dos habitantes que ainda residem na zona antiga da cidade ou enfrentam a transferência por causa da demolição de suas residências.
Um dos programadores do evento, Wu Hua, mestrando na Universidade Estadual de Pensilvânia (EUA) afirmou: "Pretendemos divulgar o desenvolvimento e as reformas ocorridas em Beijing de forma artística".
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