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(GMT+08:00) 2005-06-20 14:32:18    
Xu, um dos milhares de voluntários chineses

cri

Sou um dos milhares de voluntários é a palavra de ordem de Xu Beiyu, um dos pós-graduados que durante dois anos prestou serviços na área de Educação numa região montanhosa remota na província de Guizhou, Sudoeste da China.

Xu Beiyu, 22 anos, foi admitido em 2003 no curso de pós-graduação de Administração Econômica da Universidade Agronômica de Huazhong. Ele decidiu adiar o início do curso para prestar serviços numa escola no distrito de Dafang, Província de Guizhou. Após dois anos de árduos trabalhos, Xu comoveu a China.

Xu vai terminar seu serviço voluntário em agosto. Recentemente, ele deixou de participar de uma série de atividades sociais para trabalhar em prol das crianças nas regiões remotas.

Xu se emociona ao falar sobre as experiências acumuladas. Em julho de 2003, junto com outros 7 voluntários, Xu chegou ao remoto povoado de Kou Diaoyan. A localidade não dispunha de rodovia ou energia elétrica e dificultou a adaptação de seus colegas que logo partiram. Em agosto de 2003, Xu despediu-se do último colega e se sentiu solidário. Ele recorda o fato de acordar chorando após um pesadelo. Ele também frisou as dificuldades em dar aulas às crianças da localidade, pois elas não dominavam o Mandarim e não conseguiam manter longos diálogos. "Muitas vezes fiquei zangado, joguei fora os materiais didáticos e abandonei a sala de aula. Mas, consegui superar toda sorte de dificuldades e completar o meu tempo de voluntariado".

O povoado de Kou Diaoyan situa-se numa região muito pobre. A produção de milho é de subsistência e voltada para o atendimento das necessidades durante um semestre. Para fazer uma ligação telefônica ou enviar uma carta ele tinha que caminhar cerca de 18 km, até a vila mais próxima.

A falta de dinheiro foi outro sério problema para Xu. Logo que chegou a província de Guizhou, ele recebeu um prêmio de 2,7 mil yuans. Destes, remeteu dois mil para os seus familiares.

Apesar dos 1,75 m de altura, chegou aos 50 kg após ser acometido por problemas estomacais devido aos temperos locais.

Em julho do ano passado, passou a lecionar na escola primária de Dashi, num dos locais mais pobres da região.

Em março de 2004, Xu começou a receber uma compensação mensal de 500 yuans por parte do governo local. Ele enviou cartas para informar os seus serviços voluntários na região montanhosa aos colegas de sua universidade. A administração da escola doou 80 mil yuans para construção de novas instalações da escola primária de Dashi. Ao saber os esforços do jovem Xu, o secretário do Comitê Provincial do Partido Comunista da China de Guizhou, Qianyunlu, instruiu o governo provincial local a liberar 290 mil yuans para a construção da escola primária.

Depois de ser eleito como um dos homens que comoveram a China em 2004, Xu e seus alunos começaram a contar com apoio de personalidades de diversos círculos sociais.

Comovida com a trajetória de Xu, Ma Runlan, 62 anos, chegou em novembro de 2004 à escola primária de Dashi a fim de passar um mês na região e ajudar mais de 100 alunos pobres a retornarem à escola por intermédio de um empréstimo de 10 mil yuans. Tomando o jovem Xu como exemplo, atualmente mais de 30 voluntários estão dando aulas em diversas escolas na região.

O secretário da Célula do Partido Comunista da Comarca de Dashui, Shen Yiyong, afirmou que mais de 500 alunos da escola primária de Dashi receberam diversos tipos de contribuições desde a chegada de Xu. O número de alunos permanentes da escola aumentou de 120 para 200.

A Universidade Agrônoma de Huzhou tomou a decisão de recrutar dois novos voluntários para continuar os serviços de Xu que deve retornar aos seu curso superior.

Ao saber da notícia, Xu afirmou, emocionado, que deseja que eles possam prosseguir e elevar o seu trabalho. "Alguém disse que sou um dos voluntários de destaque da China. Na verdade, fiz apenas o que deveria ser feito. Não foi eu quem comoveu a China, mas todos os voluntários chineses".