Com a produção maior que demanda, a indústria de coque da China experimentará grande desenvolvimento
Segundo fontes do Primeiro Fórum Internacional da China sobre Carvão, Coque e Indústria Química, com o auge da indústria de coque da China, o país presenciará uma produção excedente de coque e espera-se que a indústria experimente em alguns anos uma integração de grande escala.
De acordo com Hou Shiguo, vice-diretor do Departamento de Política Industrial da Comissão Estatal de Desenvolvimento, a China tem uma capacidade de produção de 250 milhões de toneladas de coque. Com o aumento da capacidade de produção em 80 milhões de toneladas, a China terá uma capacidade anual de produção de 330 milhões de toneladas. Esse número representa cerca de 136 milhões de toneladas à mais que o consumo doméstico em 2004.
Hou disse que calcula-se que a produção anual de coque da China chegue aos 290 milhões de toneladas ao final de 2005, já apresentando um superavit de 30% a 40% sobre a demanda do mercado interno.
Contudo, com os crescentes esforços da China no controle macroeconômico da indústria do aço, que utiliza o coque como principal matéria prima, espera-se que a taxa de crescimento da demanda interna diminua este ano em certos aspectos.
Segundo Andrew Jones da Resource-Net (Bélgica), espera-se que a capacidade de produção de coque da China se incremente em mais de cinco milhões de toneladas e a dependência da Europa nas importações do produto diminua.
Como resultado da capacidade excessiva de produção excedente de coque, além dos controles do governo central sobre a indústria de carvão, o presidente e diretor geral da China Coal and Coke Holdings Limited, afirmou que é possível que a indústria presencie uma integração de grande escala em um ou dois anos.
Hua disse ainda que a indústria de coque e a indústria química da China está excessivamente fragmentada, e não está organizada de maneira optimizada. A expansão da indústria também está muito acelerada e os problemas de desperdícios de recursos naturais, além da contaminação do meio ambiente ainda são agravantes sérios a serem resolvidos.
Juntamente com outros departamentos relacionados, a CEDR promoveu uma política sobre a promoção do desenvolvimento sadio das indústrias de derivados de cálcio, ferro e coque no final do ano passado, bem como regulamentou as condições de autorização de funcionamento dessas empresas.
Hua disse que como tais condições entraram em vigor em Janeiro, a China vem paralelamente intensificando os seus esforços para desenvolver a indústria de coque.
"Espera-se que nos próximos dois anos, as pequenas empresas de coque que consomem grande quantidade de energia e são altamente contaminantes, além de não cumprirem as demandas e padrões do país serão reduzidas gradualmente" - afirmou Hua.
"Isso significa maiores oportunidades de trabalho para empresas grandes e padronizadas, além do que será benéfico para a integração e optimização industrial" - completou.
Hua ainda fez um prognóstico positivo, considerando que dentro de um ano a indústria de coque viva o seu momento mais importante.
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