O sino foi fundido durante o reinado de Yong Le (1403-1424), na dinastia Ming. Naquela altura, o sino foi colocado no tempo da Longevidade, situado perto do Parque dos bambus Violetas. Depois, durante o reinado do imperador Yong Zheng (1723-1735), na dinastia Qing, o sino foi transferido para o lugar onde se encontra hoje, o antigo templo de Juesheng. A mudança, feita no Inverno, com temperaturas negativas, utilizou um processo muito engenhoso. Espalhou-se água e fez-se um caminho de gelo. O sino, apesar das suas 46,6 toneladas, deslizou facilmente sobre o gelo. Ao chegar ao templo de Juesheng, foi colocado no alto de um pequeno montículo aí existente. Depois, em volta, começou a construir-se o pavilhão onde havia de ficar o sino e colocaram-se as grandes vigas de madeira no forro do telhado. A argola de suspensão do sino ficou presa. Por último foi apenas necessário retirar todo o montículo de terra sobre o qual se depositara o sino e a enorme campânula ficou suspensa no ar. Durante a dinastia Qing, quando havia uma grande seca, os imperadores vinham ao templo tocar o sino e pedir chuva ao Céu.

Em Outubro de 1980, os investigadores do Instituto de Acústica da Academia das Ciências estudaram as caraterísticas do sino, no próprio local. Como a espessura da campânula é desigual, isto tem influência no som e torna difícil medir o seu volume e peso. O Prof. Zha Jixuan, do Instituto de Óptica, procedeu a medições com equipamentos de ultra-sons. A zona menos espessa, por cima da parte mais estreita do sino, mede 8,4 milímetros. A borda, em baixo, é a parte mais grossa, com 18,5 milímetros de espessura e foi deliberadamente assim construída para produzir melhor som e impedir o sino de estalar, ao ser percutido. Os sinos na China não têm badalo e são percutidos de fora, com uma espécie de grande martelo de madeira.

O som de um sino é formado por vários tons "parciais", cada um de acordo com uma vibração diferente. Os tons com uma amplitude maior são os dominantes. Ao estudar as propriedades acústicas do sino, o investigador auxiliar Zheng Darui fez um registro dos lugares de vibração, 50 no total, e depois analisou essas vibrações com um computador.

Entre os tons dominantes "parciais" há dois próximos dos 98 Hz (ciclos por segundo). A interação destes dois tons produz uma ondulação suave chamada frequência de batida. Talvez fosse a isso que antigamente se chamava o efeito "próximo e distante". Outros sons "parciais" situam-se à volta dos 110, 129, 164, 212, 218, 223 e 229 Hz. Há ainda outros tons com frequências mais elevadas, mas que dificilmente são perceptíveis pelo ouvido humano. O tom parcial mais baixo é 22 Hz.

Depois de se determinar a altura musical dos principais tons parciais, de acordo com o temperamento padrão que estipula 440 Hz para o tom A4. O tom parcial do sino, a 164 Hz, por exemplo, está muito próximo da altura padrão de E3, ou seja de 164,81 Hz. As outras frequências atrás mencionadas correspondem a F, G2, A2, C3 e A3, repetivamente, e todas são muito agudas. Talvez isto tenha sido intencional e é bem possível que os nossos antepassados já tenham considerado a altura do som quando fundiram o sino. Infelizmente ainda não fomos capazes de descobrir como é que ele foi fundido.

Depois de percutido, o som do sino extingue-se gradualmente. A isto se chama atenuação. Os diferentes tons parciais têm diferentes percentagens de atenuação. Também se mediu e registou estes elementos. Neste sino, os tons atenuam-se gradualmente até um ruído surdo de muito baixa frequência que se prolonga bastante e produz um efeito especial e solene.

Também se mediu a intensidade do som. A três metros do eixo do sino, a intensidade é de cerca de 120 decibéis, o nível de "sensação e pancada". No pátio em volta do templo é ainda de 92 decibéis. Graças a esta intensidade, o sino pode ser ouvindo a dezenas de quilómetros de distância.

Finalmente, se convidaram alguns músicos a escutar o som do sino. O professor Li Huinian, da Academia de música Chinesa, disse que o som era "redondo e profundo quando se percutia ligeiramente o sino, e sonoro, vigoroso e penetrante quando se percutia com mais força. Sempre muito sugestivo."