Antigamente, na China, para sepultar os imperadores, era preciso construir palácios subterrâneos e, nas paredes e no teto destes, pintar sempre murais delicados, que têm não apenas valor histórico, mas também valor artístico.
O período das Cinco Dinastia e da dinastia Song (907 a 1279)
Após a dinastia Tang, a tradição de pintar murais nos túmulos foi mantida. Em muitos túmulos do período das Cinco Dinastias e Dez Reinos (907 a 960), como os dois túmulos da dinastia Tang do Sul, descobertos em Nanjing, o túmulo de Wang Zhixiang da dinastia Shu Posterior, na província de Sichuan, encontraram-se murais, princopalmente com motivos de construções de madeira e pórticos. Além disso, no túmulo de Meng Zhixiang, descobriram-se muitos retratos de criados ca corte imperial, e também uma carta astronômica no tecto da câmara funerária.
Os túmulos do imperador da dinastia Song do Norte (960 a 1127) encontrados no distrito de Gongxian, província do Henan, e, as construções tumulares e escultura de pedra instaladas frente aos túmulos, encontram-se bem conservadas. Perto do túmulo do imperador Song Tai Zong da dinastia Song, há três túmulos das imperatrizes, e dentre eles, o mais a sul foi violado e roubado, há muitos anos, mesmo assim, ainda sendo visível a carta astronômica e murais.
Nos túmulos do reino Liao (907 a 1211) fundado pelos Qidan, também se encontraram murais. No túmulo do imperador Sheng Zong, por exemplo, descoberto em Bairi Youqi na Mongólia Interior, encontraram-se murais com mais de setenta figuras humanas, das quais, algumas, guardas de honra, outras, criados, trajando segundo a tradição Han e Qidan. Os murais mais caracterizados têm motivos de paisagens, e dividem-se segundo as quatro estações. A estrutura pictórica é muito densa e os pássaros e animais pintados muito vivos.
Quando a história chinesa entrou no período das dinastias Ming e Qing (1368 a 1911), os murais nos túmulos imperiais foram substituídos por esculturas de pedra, e desapareceram gradualmente.
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