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(GMT+08:00) 2005-05-23 11:23:23    
Vida de um monge Dai adolescente

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"Para ser um monge estudante, um não pode fumar cigarros, beber álcool, estar fora até muito tarde", disse Ai Handi, monge de 17 anos, quem estava varrendo o chão do pátio de seu mosteiro budista, onde há palmeiras talipot, árvores bodhis e outros árvores tropicais e subtropicais. "De outra maneira será multado com 100 yuans (US$12)".

O mosteiro onde Ai vive se situa em Jinghong, capital da prefeitura autônoma da etnia Dai de Xishuangbanna, na província sudoeste do Yunnan, China. Mais de um terço da população de Xishuangbanna são Dais, crentes da seita budista Theravada.

Em geral, os adolescentes da idade de Ai são enviados aos mosteiros para aprender a leer e escrever, assim que estes estabelecimentos são seu lar e escola ao mesmo tempo.

O budismo, fundado na Índia no século VI antes de nossa era, dividiu-se mais tarde nas seitas Mahayana e Theravada (os budistas de Mahayana chamam a esta Hinayana). O povo Dai fixa como ano-zero o ano 639 de nossa era, ano em que a seita Theravada chegou de Myanmar a Xishuangbanna.

Esta religião pede aos homens Dais ser sacerdotes budistas de certo modo em suas vidas. "Durante a infância devemos deixar nossa família e passar dois anos em mosteiro, mas não se pede às meninas que sejam monjas", disse Ai, quem assinalou: "Somente os homens que têm sido monges são considerados instruídos e respeitados na sociedade".

No total, 40 monges adolescentes estudam no mosteiro de Ai, o qual recebe apoio do governo e a população. "De entre os estudantes, o maior tem 21 anos e o menor 15", disse Ai.

Antes da proclamação da República Popular da China em 1949, se mandava aos meninos aos mosteiros aos oito ou nove anos. Devido à educação obrigatória oficial introduzida nos últimos anos, a prefeitura tem estipulado que se permite aos meninos ser monges só depois de terminar a escola primária, de modo que "agora é raro ver monges pequenos nos mosteiros", adiantou Ai.

Os sacerdotes se dividem em vários graus segundo a idade e a instrução, incluindo Panong, Du e Huba. Suas regras, já incorporadas à cultura Dai, são bastante flexíveis, pois permitem aos monges comer carne, participar esportes e entretenimentos, manter sua condição toda a vida ou voltar à vida secular e casar-se quando querem.

Sim embargo, os monges estudantes vivem atarefados e têm que cumprir toda classe de afazeres nos mosteiros. Além do chinês e o inglês, apreendem outras matérias, entre elas a língua Dai e os sutras budistas que não se exige estudar a outros meninos.

"Levantamo-nos às cinco da manhã para recitar sutras, logo depois tomamos café da manhã e fazemos limpeza no mosteiro. Temos aulas na Escola de Tecnologia da prefeitura, entre umas 20 matérias e com quatro aulas na manhã e dois na tarde. Habitualmente, quando termina o estudo noturno, já são as 11 da noite", disse Ai, contando seus dedos. Confessou que seu tempo mais precioso de cada dia é a tarde quando, já finalizadas as aulas, pode jogar basquetebol com outros meninos.

Para seu futuro, Ai deseja ser um sacerdote Du uma vez que regresse a casa porque "quando um monge é promovido ao grau de Huba, dificilmente pode voltar a ser um homem ordinário, e por isso a maioría preferem formar famílias própias e tem outras carreiras depois de ser Dus".

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