Shanghai ambiciona se tornar um centro cultural de importância mundial, além de grande centro financeiro. Um dos sinais é o aumento do número de museus da cidade.
No ano 2000 o governo municipal estabeleceu o objetivo de criar 100 museus para o ano 2005, aspiração reajustada para 150 até 2010.
Chen Xiejun, diretor do Birô Municipal de Cultura da administração de museus da cidade, insiste em que o objetivo é totalmente realizável.
As estatísticas do Birô Municipal de Assuntos Civis mostram que Shanghai inaugura 20 museus anualmente. Até final do ano 2004, a cidade tinha 91 museus.
No entanto, o plano despertou dúvida sobre a viabilidade econômica de concentrar tantos museus numa única cidade. Segundo os especialistas, os 150 museus deverão absorver 800 milhões de yuans (US$ 96 milhões) em investimentos anuais.
Zhou Lizhong, diretor da Administração de Museus, considera que estas preocupações são dispensáveis, dada a capacidade de auto-sustentatação dos museus.
Eles são classificados em três grupos: museus públicos financiados pela administração local, museus industriais - patrocinados pelas indústrias e os museus privados.
Os especialistas revelaram que os museus de nível nacional, como o museu de Shanghai, recebem anualmente um incentivo de 10 milhões de yuans.
Um funcionário do Birô de Assuntos Civis de Shanghai, explicou que o requerimento básico para abrir um museu é registrado em 100 mil yuans (US$12 mil). Os especialistas consideram que a quantidade não é suficiente para a gestão de um museu e que seu êxito depende da atração de uma grande quantidade de visitantes.
Os especialistas apontaram que dos 100 museus, mais de 50% estão patrocinados pelas administrações locais. O resto é principalmente museus industriais. Por exemplo, o museu do Banco de Shanghai, o primeiro e o único tipo do País, ocupa 1.500 metros quadrados na zona mais cara da cidade. Seu maior investidor é o Bano Industrial e Comercial da China. O Museu foi inaugurado em 2000 com um investimento de 10 milhões de yuans (US$1,2 milhões).
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