O Centro de Lançamento de satélites de Xi Chang, sudoeste da China, conseguiu lançar, com o foguete transportador Longa Marcha Nº 3 o satélite de comunicações francês Ásia-Pacífico Nº 6.
Nos últimos anos, com o rápido desenvolvimento da tecnologia aeroespacial, a China passou a explorar comercialmente o lançamento de satélites de comunicações e outros tipos de satélites.
Desde a entrada no mercado internacional em 1985, a China realizou 20 lançamentos comerciais, tendo enviado 30 satélites estrangeiros ao espaço por intermédio dos foguetes transportadores "Longa Marcha".
Devido à injusta concorrência internacional, a China foi obrigada a cancelar muitos contratos de lançamento assinados nos últimos seis anos. O sucesso do lançamento do satélite de comunicação Ásia-Pacífico Nº 6 evidencia o potencial da indústria aeroespacial do país. O subgerente-geral da Corporação da Tecnologia Aeroespacial da China, Ma Xin-rui, disse à imprensa que a China está se empenhando em elevar a competitividade de sua indústria aeroespacial no mercado internacional.
Para reocupar o mercado internacional, o governo chinês está centrando seus esforços em duas áreas: no aumento da segurança dos lançamentos e no aperfeiçoamento da técnica de produção de satélites.
Ele disse que para tal fim, a China empenhou-se em priorizar a elevação da qualidade de foguetes, desde a escolha de matérias-primas, manufactura de peças, montagem, reajuste até testes, obtendo resultados notáveis. Desde outubro de 1996, a China realizou 42 lançamentos de satélites chineses e estrangeiros por intermédio dos foguetes transportadores "Longa Marcha". Em comparação com outros tipos de foguetes no mercado internacional, os foguetes transportadores Chineses "Longa Marcha" possuem amplas vantagens em seus custos de lançamento, disputando assim o mercado internacional.
A alta tecnologia aeroespacial de medição e controle se constitui uma importante condição para o sucesso do lançamento. Por isso, a China possui uma rede de rastreamento e controle sofisticado a partir de satélites e navios.
Para explorar outras áreas do mercado aeroespacial internacional, além do serviço de lançamento, o país está acelerando o desenvolvimento da tecnologia para a produção de diversos tipos de satélites. Atualmente, a China pode produzir satélites meteorológicos, recursos terrestres, orientação e comunicação.
O satélite de comunicação Oriente Vermelho Nº 4, por exemplo, é caracterizado pela grande potência, ampla cobertura e longa vida útil. A concorrência internacional lançada pela Nigéria no ano passado contou com a participação de muitas empresas européias e norte-americanas. A Empresa Industrial Geral "Grande Marcha" da China, no entanto, saiu vitoriosa ao fechar a venda de um satélite de comunicações e efetuar o lançamento com o Longa Marcha Nº3 B
A cooperação com este país africano demonstra que a China pode exportar o satélite e que prestará pela primeira vez o serviço de lançá-lo com foguete próprio a consumidores de outros países.
O Presidente da Empresa Industrial Geral "Longa Marcha", Wang Haipo, considera que a combinação de serviços tem a competitividade no mercado internacional. Ele disse: "O lançamento de satélites com satélites e foguetes de produção chinesas e a prestação do serviço terrestre terão competitividade no mercado internacional."
Com o sucesso de lançamento do satélite Ásia-Pacífico Nº 6, alguns países em desenvolvimento manifestaram a vontade de negociar com a China a compra de satélites de comunicação e foguetes de fabricação chinesa.
Embora ocupasse o lugar no mercado aeroespacial internacional, a China deve estudar outro tipo de foguetes que possui grande potência de impulsionamento para atender às necessidades internas e externas. O subgerente geral da Corporação da tecnologia aeroespacial da China, Ma Xingrui afirmou: "A fim de desenvolver ainda mais a tecnologia aeroespacial, a Corporação da Tecnologia Aeroespacial da China está desenvolvendo a nova geração de foguetes transportadores que não poluirão o ambiente cuja capacidade de transporte para órbita baixa será de 25 toneladas e para alta, de 14 toneladas.(duas vezes respectivamente sobre foguetes atuais fabricados pela China)." Ele disse que este novo tipo de foguetes será produzido com alta tecnologia que outros países possuem. Segundo o previsto, tais foguetes serão comercializados nos próximos cinco anos.
O direto do Centro de lançamento de satélites de Xi Chang, Li Shangfu, assinalou que o Centro está sendo reformado para aumentar a capacidade de lançamento. Ele disse: "Atualmente, o Centro pode lançar entre 6 e 8 satélites por ano. Com a expansão econômica e do mercado aeroespacial internacional, almejamos reformar no prazo de um ano nossas instalações e equipamentos, a fim de que possa enviar 10 satélites por ano ao espaço".
Ele disse que após o programa de reforma do sistema de comando e controle diminuirá o período de testes de 35 para 30 dias. Além disso, o centro reformará o sistema de segurança, inclusive da torre de lançamento, para aumentar a segurança e modernizar mais o processo de lançamento.
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