Como parte de sua abertura mundial, a China mantém, atualmente, contatos freqüentes com a cultura ocidental, especialmente com a vertente norte-americana. É comum ver jovens chineses com seus cabelos tingidos de amarelo, escutando rock e torcendo pela NBA.
Todavia, qual é o impacto real do atual fluxo da cultura ocidental na China para sua geração mais jovem e na sociedade em geral?
Em comparação, a cultura tradicional chinesa encontra-se esquecida.
Dos numerosos feriados tradicionais, somente continuam sendo comemorados o da Festa da Primavera. Muitos outros, tais como o Festival das Lanternas e o do Bote do Dragão, são ignorados pela juventude, enquanto comemoram cada vez mais as festas estrangeiras, como o Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados e Natal.
Outro fenômeno ocorre com a ocidentalização dos conceitos que regem a união matrimonial e o sexo entre os jovens chineses, o que irrita a geração mais velha. Segundo dados de uma pesquisa realizada em 2000, entre os jovens de Beijing, aponta que somente 30% deles concordam em manter relações sexuais ainda que não pretendam se casar. E a proporção dos jovens com menos de 20 anos que concordam com esta prática, corresponde a 16% superior que dos jovens com mais de 30 anos.
Pode-se concluir que a cultura ocidental faz bastante sucesso entre a geração denominada moralmente "degenerada".
Diante deste fenômeno, pais e alguns sociólogos desejam pôr fim ao chamado flagelo da cultura ocidental sobre a juventude chinesa.
Tradição chinesa bem enraizada
Quase todos os chineses, os jovens inclusive, admitem que a cultura ocidental promoveu mudanças no estilo de vida e nos valores da geração mais jovem do país. Todavia, como se alcançou tamanha assimilação entre os jovens chineses?
Ao ler o enfoque da mídia sobre o impacto que a cultural ocidental tem exercido entre os jovens chineses, a estudante Zhan Yan tem suas dúvidas. Segundo observações dela, a influencia não é tão forte. Com a ajuda de seus companheiros de classe, a menina começou uma investigação entre vários centros para jovens com idade entre 15 e 30 anos em sete cidades, incluindo Beijing, Chongqing, Xining e Weihai, as quais possuem graus de desenvolvimento e localização geográfica distinta.
O resultado de sua investigação, vai de encontro com seu prognóstico.
Ao lançar a pergunta sobre qual seu comportamento diante das comidas ocidentais, 62,5% responderam que não a repelem como também não dependem dela, e a consomem ocasionalmente para variar, enquanto somente 10% dos entrevistados disseram gostar muito.
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