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(GMT+08:00) 2005-04-25 10:27:02    
China e América Latina cada vez mais próximas

cri
A China aposta cada vez mais na América Latina. Um seminário realizado na Academia de Ciências Sociais da China concluiu que os países latino-americanos tiveram um "ano estável, apesar dos conflitos e distúrbios sociais em alguns países".

"Em 2004, as exportações e importações cresceram 22,4% e 19,8% respectivamente. O superávit acumulado pelos países latino ?americanos somou US$ 61,88 bilhões, o que alavancou o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina em 3,2%", diz uma reportagem da Agência de Noticias Xinhua, citando um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL).

O pesquisador Hu Shuangrong, do Instituto de Pesquisas da América Latina (IAL), afirma que o rápido desenvolvimento econômico chinês "promoveu ainda mais as exportações e os investimentos latino-americanos na China e que as relações comerciais entre ambas as partes alcançaram um nível sem precedentes em 2004".

Segundo Hu, o comércio bilateral entre a China e a América Latina alcançou US$ 40,02 bilhões no ano passado, mais 49,3% frente ao ano anterior.

Avanços bilaterais

"A China acelerou a importação de produtos alimentícios após o reconhecimento de seu status de economia de mercado pela Argentina". A frase é de Rafael Bielsa, ministro das Relações Exteriores da Argentina.

Bielsa ainda destacou que as importações chinesas de produtos agrícolas conheceram um aumento de 30% nos primeiros meses deste ano, frente a 2004. Para o ministro, as aquisições chinesas podem aumentar em até US$ 4 bilhões até 2009, pois a "China está dando passos concretos para isso", frisou.

Municípios: outra via para o comércio exterior

Diplomatas da América Latina participaram em março de um evento ainda pouco comum nas relações diplomáticas sino-latino-americanas. Ele ocorreu em Taizhou, na província de Zheijiang, e congregou os cônsules do Brasil, Argentina, Chile, Cuba, México, Uruguai, Peru e Chile lotados em Shanghai com representantes de 130 empresas chinesas e outros 35 executivos de empresas latino-americanas.

O encontro fez parte da programação da "Semana da Amizade entre Taizhou e América Latina". O comércio exterior da cidade, localizada no delta do rio Yangtzê, o maior pólo industrial da China, movimentou US$ 5 bilhões no ano passado. Destes, US$ 280 milhões foram negociados com os países latino-americanos.

O evento gerou seis acordos de cooperação na área de comércio, turismo e educação, segundo fontes do governo municipal.

Para o Cônsul Geral do México, Mauricio Fesnero, as chances para os chineses são enormes em território mexicano. " O México conta com uma fronteira de 3 mil km com os Estados Unidos, país com o qual firmamos um tratado de livre comércio, bem como com o Canadá. "Esta situação permitiria aos produtos chineses evitar uma série de barreiras comerciais e penetrar no maior mercado do mundo por intermédio de um país latino-americano", assinalou em entrevista à Agência de Notícias Xinhua.