"A prosperidade do Norte da China não pode depender dos investimentos introduzidos pelo país, somente deve depender da renovação do regime e libertação teórica." Disse o diretor do gabinete dirigente das velhas bases industriais nas regiões do Norte da China, Zhang Guobao, na conferência de imprensa realizada pelo gabinete de imprensa do Conselho de Estado. Ao dar uma olhada retrospectiva aos trabalhos feitos no ano passado para revitalizar o Norte, ele salientou repetidamente esta vista de ponto.
Devido aos motivos históricos e de regime, as velhas bases industriais do Norte enfrentam várias dificuldades. Por isso, na aplicação estratégica de revitalizar o Norte, é necessário o apoio das políticas adequadas concedidas pelo governo.
Segundo Zhang Guobao, isso não significa que o ponto principal da prosperidade do Norte visa política e investimento, inclusive a libertação teórica e renovação de regime que conseguem promover a reforma do sistema econômico.
Vejamos agora os seguintes dados: Em Shengyang, capital da província de Liaoning, 132 empresas vão falir. O total de suas dívidas chega a 10 bilhões e 500 milhões de yuans e abrigam 680 mil postos de trabalho. Na mesma cidade, das 1717 empresas de propriedade coletiva, 63% estão paralisadas ou semiparalisadas e acumulam uma dívida total de 5 bilhões e 460 milhões de yuans, com 133 mil empregos.
A revitalização das velhas bases industriais daquela região do país se constitui numa das prioridades estratégicas do Governo Central chinês. Para tanto, as autoridades centrais estão adotando várias medidas. Mas, quais as razões para modificar o perfil daquela região chinesa?
Segundo Zhang Guobao, para compreendermos isto, devemos conhecer, em primeiro lugar, sua atual situação. O nordeste abrange as seguintes três províncias: Liaoning, Jilin e Heilongjiang. Juntas, ocupam cerca de um milhão e 241 mil quilômetros quadrados e possuem mais de 100 milhões de habitantes. Esta região é muito rica em recursos minerais e florestais.
O governo central estabeleceu 150 projetos prioritários para o desenvolvimento da indústria pesada no país durante os primeiros sete anos depois de vida da Nova China em 1949. Cerca de um terço dos mesmos foram construídos naquela região. Os projetos abrangeram a siderurgia, a química, metalúrgicas pesadas, a indústria automobilística e a indústria ligada à Defesa Nacional.
Sem dúvida nenhuma, muitas das empresas industriais tradicionais - estabelecidas na década de 50 do século passado, durante a transição do país rumo à economia planificada -, se mostram menos competitivas ao longo dos últimos anos. Muitas, inclusive, acumularam grandes prejuízos nos últimos 20 anos, quando a China implantou a política de reforma e abertura econômica ao exterior para converter-se numa economia de mercado. A proporção do valor da produção industrial daquela região no PIB do país caiu de 17% para 9% durante este período.
Concretamente, as autoridades chinesas vão isentar os impostos de valor agregado para as indústrias de equipamentos e máquinas, petroquímica, siderurgia, fabricação naval, automobilismo, alta tecnologia, produção bélica e processamento de produtos agrícolas, consideradas como os setores da região com maior prioridade.
Além disso, quanto a algumas empresas estatais, também serão isentos os impostos devidos, conforme as estipulações e a realidade local. Os bancos poderão adotar medidas mais flexíveis, para tratar seu crédito pobre e reduzir ou isentar os empréstimos contraídos por tais empresas.
Atualmente, encontramo-nos no período de globalização econômica. Nestas circunstâncias, com a revitalização das velhas bases industriais, a região pode atrair capitais de muitas empresas estrangeiras.
Tomamos como exemplo a província do Heilongjiang, considerada como antiga e importante base industrial do país e com condições propícias e vantagens comparativas para novo desenvolvimento.
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