Na qualidade de importantes vizinhos e parceiros nas cooperações econômicas e comerciais, os países sul-asiáticos têm obtido, nos últimos anos, um rápido desenvolvimento econômico. As cooperações entre a China e estes países mantêm um bom ritmo de crescimento. Existe uma grande potencialidade da cooperação nas áreas de investimentos mútuos, obras públicas, compartilhamento de recursos etc.

O diretor do Departamento da Ásia do Ministério do Comércio da China, Wang Bingkun, manifestou que a China e os países sul-asiáticos têm uma longa história de intercâmbios amistosos e uma grande vantagem geográfica para expansão das cooperações econômicas e comerciais. O Sul da Ásia concentra uma grande população, um grande mercado e demandas diversificadas, oferecendo uma boa condição para alargar ainda mais as cooperações entre as partes. Desde o início do novo século, as cooperações econômicas e comerciais entraram numa nova era.

Segundo as estatísticas do Ministério do Comércio, no ano passado, o valor do comércio bilateral entre a China e os países sul-asiáticos atingiu US$ 19,53 bilhões, com um crescimento de 60% frente a 2003. O índice é muito maior do que o obtido entre a China e outros países ou regiões. O valor acumulado dos contratos técnicos e econômicos somou US$ 13,8 bilhões. O Sul da Ásia é um dos mais importantes mercados para a contratação de obras públicas fora da China. Nos últimos anos, com o rápido desenvolvimento econômico de ambas as partes, o compartilhamento de recursos ocupa um lugar de destaque nas agenda de todas as partes.

Wang afirmou que o Livre Comércio do Sul da Ásia entrará em vigor em janeiro de 2006, as cooperações econômicas e comerciais entre a China e os países sul-asiáticos entrarão numa fase de pleno desenvolvimento. Segundo o protocolo, os países sul-asiáticos vêm baixando o nível dos impostos alfandegários. O Paquistão, a Índia, Sri Lanka e Bangladesh baixarão respectivamente impostos alfandegários para menos de 5% entre 2009-2013. Com a gradual adoção do protocolo, a economia da região sul-asiática será integrada e o comércio regional crescerá ainda mais. A região também deverá se tornar um grande pólo para atração de investimentos diretos estrangeiros (IDE).

Embora os países sul-asiáticos formem uma região estrategicamente importante na pauta de diversificações das exportações chinesas, o volume de investimentos bilaterais ainda é pequeno. Segundo o Ministério do Comércio, até 2004, os investimentos diretos concretizados pela China na região somavam US$ 202 milhões, contra os US$ 104 milhões investidos pelos parceiros em seu território. Além disso, a maior parte das cooperações entre as duas partes envolvem obras públicas, em detrimento ao setor de serviços.

Especialistas consideram que com a integração econômica mundial e regional, a China e os países sul-asiáticos estão defronte a uma importante oportunidade para a expansão das cooperações. Todos devem ampliar o nível das cooperações, facilitar o comércio bilateral, apostar nos investimentos e explorar o potencial dos setores turístico, cultural e educacional.