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(GMT+08:00) 2005-03-16 16:36:18    
Revisão Econômica da China?baixo consumo do consumidor preocupa economia chinesa

cri

O baixo consumo nacional continua sendo um obstáculo para a próspera economia chinesa, que foi subordinada ao rápido aumento dos investimentos e aos mercados externos nas décadas passadas, advertem os especialistas.

Yao Jiangyuan, economista do Comitê Estatal de Estatísticas, disse que o baixo consumo do produto interno bruto (PIB) tem sido um problema na China.

O índice de consumo na China diminuiu de 61% em 2000, para 59,8% em 2001, 58% em 2002 e 55% em 2003. Nos Estados Unidos o índice foi de 80%, e na Índia 78%, comentou o economista.

O índice de consumo na China é aproximadamente 20% mais baixo que o da média mundial, e a proporção de investimentos é de aproximadamente 20% mais alta que a média mundial, apontou Yao em um seminário realizado no durante o fim de semana.

Os especialistas assinalam que os investimentos e o comércio exterior desempenham papel mais importante que o consumo, no crescimento econômico da China, e que a excessiva dependência dos investimentos e do comercio exterior não é benéfico para que a economia cresça de maneira estável.

O comércio exterior chinês atingiu no ano passado um total de US$ 1,15 milhões, um aumento de 35,7% por ano, de acordo com as cifras divulgadas pela Administração Geral de Aduanas.

Liu Fuyan, vice presidente do Instituto Macroeconômico da Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma, qualificou a excessiva dependência do desenvolvimento econômico pelos investimentos e comércio exterior, como sendo muito arriscado para um país com o porte da China.

Os especialistas dizem que a economia chinesa pode oscilar caso haja uma diminuição significativa da demanda externa ou a redução da margem dos investimentos, levando a uma grave crise de desemprego na China.

As fábricas tendem a reduzir a produção e eventualmente reduzir o quadro de funcionários, havendo maior oferta de produtos no mercado em decorrência da redução da demanda externa.

É essencial que a China mantenha seu índice anual de crescimento econômico num patamar acima de 7%, para conservar a estabilidade social. Com o objetivo de que este crescimento gere oportunidades de emprego suficiente para a mão de obra disponível no país, que cresce aos milhões a cada ano.

A China deve aumentar o consumo privado para impulsionar seu crescimento econômico, disse Yao.

Indicou ainda, que os baixos índices de incremento do ingresso de pessoas comuns, especialmente os 80 milhões de habitantes rurais, como a principal razão do baixo consumo no país.

O ingresso per cápita de residentes rurais, foi de 2.6 yuan em 2003, é esperado que seu ingresso aumente 4% este ano.

Chen Dongqi também sub-diretor do Instituto Macroeconômico, advertiu que a China enfrenta uma pressão maior da demanda exterior em decorrência da expectativa frente a desaceleração da economia chinesa, prevista para este ano, que levaria a uma debilidade na demanda de produtos chineses.

Advertiu que a economia da China só crescerá de maneira estável se a demanda interna por bens de consumo tais como imóveis, automóveis entre outros bens, apresentar um considerável aumento.

Um ambiente melhor que alimente o consumo privado estabelecerá uma sólida base para que a economia cresça de modo rápido e estável por um longo período.

Jia Kang, diretor do Instituto de Ciências Sociais Fiscais do Ministério de Finançcas, exortou os estadistas a impulsionar a confiança dos consumidores, dizendo que o comportamento dos consumidores ainda é conservador, onde a maioria das pessoas ainda prefere poupar para o futuro.

A maioria dos assalariados pagam quantias elevadas para manter seus filhos na escola e economizam dinheiro para habitação, para a maior parte das pessoas, os custos dos serviços médicos são considerados altos.

O ministro de Finanças, Jin Renqing, mencionou no mês passado que o Ministério continuará seus esforços para promover as reformas sobre educação, seguridade social, serviços médicos e distribuição de informativos para aumentar o consumo.

Os especialistas apontam que o aumento do consumo nacional privado permitirá que a China dependa menos do mercado externo para a venda de seus produtos, podendo reduzir a chamada pressão anti-dumping que alguns países exercem sobre a China.

O Ministério de Comércio apresentou uma série de medidas para aumentar o consumo nacional no país em 2005, incluindo esforços para melhorar a logística do país, abolir as políticas e regras que imponham restrições sobre o consumo, aumentar o consumo familiar e fomentar os mercados para esses setores, como setor automobilístico, de telecomunicação, turismo, educação e cultura.

A China vem trabalhando de forma árdua para aliviar as cargas financeiras dos camponeses oferecendo subsídios e reduzindo e isentando-os de cargas fiscais ao longo do ano passado, a proposta é manter essas políticas para este ano.