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(GMT+08:00) 2005-02-01 09:25:50    
Intercâmbios culturais na "Rota da Seda"

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A "Rota da Seda" era a vida de comunicação continental que ligou a China com a Ásia, África e Europa. Partindo de Chang'na (hoje Xi'na da província de Shaanxi), capital das dinastias Han (-206 a 220) e Tang (618-907), passava pela Ásia Central, Ásia Meridional e Ásia Ocidental, até a muitos países da Europa e África. Foi uma via pública de significado histórico e mundial. Chamaram-lhe caminho de amizade entre os povos orientais e ocidentais. Nos últimos anos, com a abertura ao exterior de muitas cidades ao longo desta rota, surgiu uma "febre": investigar a "Rota da Seda". Com grande interesse, muitos historiadores, arqueólogos, artistas, escritores e estudantes universitários, tanto chineses como estrangeiros, têm vindo a viajar ao longo da rota, olhando retrospectivamente para a sua longa história. Leia a segunda parte da série "Sobre a Rota da Seda".

Através da "Rota da Seda", a cultura chinesa foi transmitida ao Ocidente e a cultura ocidental, chegou também à China. As culturas oriental e ocidental fundiram-se nesta artéria.

O fabrico do papel foi outra invenção dos chineses, que remonta à dinastia Han do Oeste; na dinastia Han do Leste, Cai Lun(- 121), sintetizando as experiências anteriores de fabrico do papel, criou uma nova maneira de o confeccionar utilizando cascas de árvore, restos de fibras de cânhamo, resto de pano e velhas redes, pesca. À medida da abertura da "Rota da Seda", o papel chinês espalhou-se rapidamente pelo Xinjiang, o que prova terem-se descoberto nesta zona muitos documentos e cartas daquela altura escritos sobre papel. O fabrico do papel foi divulgado na Ásia Central mais ou menos na dinastia Tang. Segundo os registros históricos da altura, nos combates entre as forças armadas da dinastia Tang e os árabes, os chineses foram vencidos. Muitos soldados Tang foram aprisionados. Entre eles, havia artífices que sabiam fabricar papel e, através deles, a técnica foi difundida entre os árabes e depois chegou à Europa.


A imprensa é mais outra invenção do povo chinês. A impressão em blocos, com os caracteres gravados em placas de madeira, surgiu no século VII. Nos meados do século XI, Bi Sheng inventou a impressão com tipos móveis constituindo um grande salto na história da imprensa. A técnica da impressão chinesa chegou também ao Ocidente através da "Rota da Seda". Em 1294, realizou-se na Pérsia uma reforma monetária, passando a circular desde então papel-moeda à imitação das notas chinesas. Foi a primeira vez que a pérsia adotou a arte da impressão chinesa, ou melhor dizendo, a impressão usando placas de madeira gravadas seu país. os seus historiadores registraram-na nos livros e isto desempenhou um papel muito importante para a difusão da imprensa chinesa na Europa. No século XIV, começou a usar-se na Europa a impressão sobre placas de madeira gravadas. Nos meados do século XV, começou então na Europa a impressão com tipos móveis. Os europeus reconheceram mesmo que a imprensa usando placas de madeira gravadas foi introduzida da China.


Das culturas ocidentais, chegaram à China artes como a acrobacia, cantos e danças, bem como o budismo e suas arte. Segundo os livros históricos, as peças acrobáticas ocidentais foram representadas na China já na dinastia Han, como por exemplo, a luta, medir forças, domação de animais, danças com máscaras, salto por entre arcos, ilusionismo, engolir sabres e cuspir fogo, e outras peças mágicas. Na dinastia Tang, o hipódromo e o jogo de pólo foram sucessivamente introduzidos na China e eram muito apreciados tanto pelos imperadores e nobres como pelas concubinas.


A música e dança dos países asiáticos exerceram grandes influências sobre a música e danças chinesas. Na dinastia Tang, assimilada a música estrangeira, criou-se a famosa melodia da "Dança das Túnicas Suaves como o "Arco-Íris". A música da Ásia Central foi muito apreciada pelo povo chinês, Wang Jian, um poeta da dinastia Tang, diz num seu poema "Quando o galo canta na muralha da cidade Todas as famílias de Luoyang aprendem a música do ocidente".muitos instrumentos musicais, tais como Konghou e pipa, foram introduzidos da Pérsia. Quanto às danças, apenas dos seus nomes podemos comprovar as suas origens, como por exemplo, danças ocidentais de saltos e de piruetas, danças de Fulin(hoje da Ásia Ocidental), de Zhezhi(URSS). Absorvendo o melhor das músicas e danças estrangeiras, a música e dança chinesas tornaram-se mais ricas e brilhantes.

O budismo entrou na China também pela "Rota da Seda". O imperador Ming Di da dinastia Han do Leste ouviu falar do Buda da Região Ocidental e mandou então à Índia o seu médico Cai An e um discípulo deste, Qin Jing, em busca das escrituras budistas. Passando pela "Rota da Seda", eles chegaram ao atual Afeganistão e conseguiram obter estátuas e sutras budistas. Encontraram também dois monges indianos, Kasyapa-matauga e outro, e viajaram então juntos de regresso a Luoyang, capital da dinastia Han do Leste, aonde chegaram em 67, levando consigo um cavalo branco carregado de sutras budistas. O imperador Ming Di ordenou então a construção do templo Baima(Cavalo branco) em Luoyang. Os dois monges indianos traduziram os sutras budistas neste templo e foram eles os primeiros monges budistas da China. Quando morreram, foram enterrados no templo. Porque é o primeiro templo budista da China, muitas pessoas vão visitá-lo ainda.

Ao longo da "Rota da Seda", há muitas grutas, cuja arquitetura, pintura murais e figuras budistas influenciadas, em diferentes graus, pela cultura Gandhara de Dayuezhi.

O monge Xuan Zang da dinastia Tang foi uma pessoa que deu grandes contributos para os intercâmbios culturais entre a China e o estrangeiro. Foi um monge possuindo alto nível como busita. Saiu de Chang'na em 627 dirigindo-se para Ocidente. Passou as montanhas Tianshan, atravessando a URSS, Afeganistão, a montanha Hindu Dush, Kashmir e Paquistão, chegou por fim ao mosteiro Nalanda em Rajagriha-sede de estudo e lugar santo de budismo na Índia. Após estudar vários anos , Xuan Zang ocupou um dos principais cargos entre os monges do mosteiro. Em 643, trazendo consigo as obras clássicas budistas e a amizade do povo indiano, regressou ao país pelo mesmo caminho. Percorrendo no total 25 mil quilômetros durante dezessete anos. Foi um dos poucos grandes viajantes da China.

Depois de regressar a Chang'na, Xuan Zang dedicou-se a traduzir os sutras budistas trazidos da Índia. Falou de vez em quando da sua viagem à Índia aos seus discípulos, que escreveram mais tarde o livro Relato da Viagem ao Oeste, onde se descreve detalhadamente a sua própria experiência da viagem e história, clima, recursos naturais e hábitos e costumes dos países visitados na Região Ocidental. O livro reúne dados muito importantes e preciosos para o conhecimento da fisionomia da "Rota da Seda" naquela altura.

O Relato da Viagem ao Oeste e o Livro de Marco Polo São as duas grandes obras sobre a "Rota da Seda". Marco Pólo descreveu sistematicamente a sua viagem da Europa à China, incluindo a situação geográfica e a fisionomia próspera dos países da Ásia Ocidental, Central e da China, fazendo com que os europeus conhecessem pela primeira vez a cultura e civilização chinesa.

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