A China possui 30 patrimônios mundiais tombados pela Unesco, ocupando o terceiro lugar do mundo. Como proteger e administrar esta grande quantidade de tesouros da humanidade é uma questão que atrai atenção de toda a sociedade. A seguir, leia a primeira parte da série "China esforça-se pela proteção dos patrimônios mundiais".

Em 1972, a UNESCO aprovou a "Convenção dos Patrimônios Mundiais". Em 1985, a China aderiu a ela. Entre os patrimônios encontram-se as montanhas Tai, Huang, Emei e Montanha Wuyi. Além disso, a China deseja encaminhar cem projetos de tombamento para a entidade.

A China possui uma grande extensão geográfica e com uma milenar civilização, acumulou muitos lugares de importante valor cultural e turístico. Se forem listados como patrimônio mundial, eles tornam-se imediatamente o destino recorrente dos visitantes. Citando a cidade antiga de Pingyao, na província do Shanxi como o exemplo. Antes de ser tombada, não superava a casa de 10 mil visitantes. Após o seu tombamento em 1997, o número dobra anualmente. Hoje, a cidade atrai milhões de pessoas.

O crescimento do turismo em Pingyao se deve à sua população e ao fácil acesso de comunicação. As Grutas Mogao de Dunhuang, no deserto do Noroeste do País, também conheceram grande número de visitantes. A diretora do Instituto de Estudo sobre Dunhuang, responsável por sua preservação e restauração , Fan Shijin disse:

"Digo francamente que agora exploramos demais os patrimônios mundiais. Temos tantos visitantes. Assim, os danificaremos".

Esse fenômeno também acomete noutros patrimônios mundiais e despertou a atenção dos departamentos governamentais. O responsável da Seção de Gestão de Patrimônios Mundiais da Administração Estatal dos Patrimônios da China, Guo Zhan afirmou:

"A China possui ampla extensão geográfica e diferentes níveis de desenvolvimento econômico e cultural. Em alguns lugares, observamos a tendência de dar muita importância à candidatura ao tombamento e à exploração da localidade. Ao mesmo tempo, se negligencia a administração e proteção. Preservamos os patrimônios de uma forma segura. Contudo, existem problemas quanto aos pontos turísticos alusivos aos patrimônios."

Segundo este funcionário, por causa histórica, os patrimônios da China pertenciam na divisão administrativa aos departamentos diferentes, como a Administração Estatal dos Patrimônios Culturais, Ministério de Construção, governos locais até a Academia de Ciências. Por isso, há falhas na administração.