Na espaçosa sala de visitas da embaixada do Sri Lanka situada no leste da cidade de Beijing, o embaixador do Sri Lanka na China, Senhor Nihal Rodrigo contou a história ocorrida no mesmo dia do acidente: "Dois estudantes secundários chineses visitaram a embaixada e doaram 400 yuans (50 dólares americanos) e roupas novas. No encontro com o primeiro-ministro Wen Jiabao, eu lhe disse que a doação dos dois estudantes tem um valor bem maior do que 400 yuans. Os jovens também escreveram uma carta para a primeira dama do Sri Lanka, senhora Chandrika Bandaranayaka Kumaratunga, manifestando a confiança de que os povos dos países atingidos superarão as dificuldades."

Um funcionário da embaixada disse sentir a solidariedade da população chinesa todos dias. Embora os funcionários da embaixada estejam muito aborrecidos com o maremoto, quando falam sobre a assistência oferecida pelo governo chinês, se emocionam. A população chinesa inclusive as crianças são muito solidárias, fornecendo às vítimas toda a assistência necessária.

O funcionário da embaixada afirmou que nos últimos dias, muitas pessoas visitaram a embaixada para doar roupas e dinheiro, foi estabelecida uma linha telefônica na embaixada para receber doações. Embora o inverno em Beijing seja rigoroso, o funcionário assim como seus colegas sentiram a amizade calorosa do povo chinês.

Na embaixada do Sri Lanka, nossa reportagem constatou que o ex-embaixador da China, senhor Jiang Qinzheng, doou mais 2 mil yuans. O antigo embaixador disse que jamais esquecerá da vida e da amizade do povo daquele país. Ele espera que o Sri Lanka seja reconstruída e o povo volte a levar a vida alegre e tranquila. Depois do maremoto, ele e seus amigos decidiram prestar assistência às vítimas: organizaram, por exemplo, empresas chinesas para fazer a doação de dinheiro. Agora, todos os chineses querem contribuir em salvar vidas e na reconstrução dos países abalados pelo maremoto.

Dias atrás, a equipe médica chinesa enviada pelo governo chinês foi às regiões gravemente afetadas para tratar dos feridos, ao mesmo tempo, os chineses que se encontram lá também integram o trabalho de resgate. Para ajudar os cingalesas a regressar ao país, os setores concernentes da China criaram muitas facilidades. Por exemplo, o Ministério de Educação e o Departamento de migração da China trataram de todas as formalidades em um dia para um estudante do Sri Lanka que estudava na Universidade Tongji de Shanghai. A Universidade subsidiou-lhe 6 mil yuans. Ao recebê-lo, o estudante ficou muito emocionado, chegando as lágrimas.

Além do governo e da população, muitas empresas também prestaram assistências às vítimas do Sri Lanka. Por exemplo, uma empresa chinesa doou um milhão de yuans ao governo daquele país e outra empresa de telecomunicações decidiu reestabelecer gratuitamente parte do sistema de comunicações. O embaixador do Sri Lanka, Senhor Nihal Rodrigo disse que estas doações são uma preciosa riqueza para seu país. Ele manifestou seu sincero agradecimento ao governo e ao povo chinês pelo grande apoio desinteressado. O trabalho prioritário é reconstruir as regiões atingidas e recuperar o desenvolvimento da indústria pesqueira e o setor turístico.

Na cúpula internacional da ANSA sobre assitência às vítimas do maremoto realizada dia 6, o primeiro-ministro chinês,Wen Jiabao, declarou o cancelamento das dívidas do Sri Lanka com a China.