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(GMT+08:00) 2005-01-18 12:35:04    
Cerâmica Jun, uma maravilha mundial

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A técnica do fabrico e cozimento da cerâmica Jun da dinastia Song perdeu-se havia já mais de 800 anos, antes da sua recuperação no início da década de 60 do século XX. A cerâmica Jun, que foi declarada presente nacional da China, exporta-se hoje em dia para muitos países do mundo.

A vila de Shengou do distrito de Yuxian, da província do Henan, começou a produção de cerâmica Jun a partir da dinastia Song (906 - 1297). Caracterizada pela modéstia, raridade e serenidade, a cerâmica, objeto decorativo, fabricava-se imitando objetos em bronze. Na cerâmica Jun destaca-se o vermelho e violeta entre o amarelo, castanho, verde, azul e azul-verde. A cor vermelha inclui o vermelho-chama, vermelho-sangue-de-galo, vermelho-rosa, vermelho-maçã, vermelho-cinábrio e vermelho-feijão; o violeta, tem as variantes violeta-uva, violeta-rosa, violeta-beringela, etc. Há, no total, cerca de cinco mil cores diferentes.

Consta que, na dinastia Song, havia uma mulher que vivia de cozer louças. Ofereceu um faustoso copo de vinho ao imperador que ficou contente e a mandou fabricar-lhe outro igual. Tentou várias vezes e falhou. Por fim, lançou-se no forno quando o prazo estava próximo. Após a sua morte, foi realmente encontrada no forno uma peça linda, provavelmente devido aos ornamentos de metal que ela usava, segundo se analisou posteriormente. Daí veio a técnica de combinação de esmalte e cobre oxidado no fabrico da cerâmica Jun. Esta invenção chama-se "transformações no forno" que são tão misteriosas que cada peça igualmente esmaltada tem cor diferente quando sai do mesmo forno. Mesmo os ceramistas experientes não têm certeza da cor que vão ter as suas peças após cozidas. É impossível encontrar duas peças com a mesma cor. Algumas peças transparentes e vivas, dão a sensação de jade; outras de multi-camadas, mostram cores diferentes sob raios variados. Se há marcas de estrela e fio no esmalte da peça, são consideradas as melhores. Estas marcas ou traços são claros a olho nu e bastente suaves ao toque. As melhores marcas assemelham-se a aves. São mais estranhos os montes, águas, quiosques, pavilhões, cascatas, mares de nuvens e vales no esmalte das peças "transformadas no forno", por essa razão, nenhum colecionador quer perder a oportunidade de obter uma peça da cerâmica Jun.

Um ditado chinês disse: "Uma propriedade de dez mil yuans não vale mais do que uma peça de cerâmica Jun". Isto demonstra o valor desta cerâmica. Existem dois motivos para isto; a escassez, "o que falta é caro" e a dificuldade em fabricar e cozer peças deste tipo. 

A cerâmica Jun que surgiu na dinastia Tang (618 - 907) e atingiu o seu auge na dinastia Song, tem uma história de cerca de mil anos. Entretanto, a cerâmica Jun era reservada ao uso imperial. À plebe era proibido guardá-la. Após a morte do imperador Huizong da dinastia Song que patrocinava a cerâmica Jun, o fabrico da cerâmica Jun foi interrompido e a técnica desapareceu com o tempo. Na dinastia Yuan (1279 - 1368) e na dinastia Ming (1368 - 1644) já não havia possibilidade de reproduzi-la, o que fez com que o preço da cerâmica Jun subisse gradualmente.

A partir de 1955, departamentos de pesquisa organizaram velhos ceramistas para realizar investigação e mais de cem experimentações. Sete anos depois, redescobriu-se a técnica de produção da cerâmica Jun. Mas, o cozimento das peças continuou a ser um grave problema. A técnica-chave, "transformações no forno" relaciona-se com o material, combustível, esmalte, temperatura e posição do forno e estações.

Através dos longos esforços, podem-se produzir hoje mais de mil variedades da cerâmica Jun. Produziram-se algumas obras de arte que se viam raramente antes, que mantêm o estilo tradicional da cerâmica Jun da dinastia Song, em matéria de formas, materiais e esmalte, na opinião dos peritos no assunto.

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