Na cerimônia, Sun Jiazheng, o Ministro chinês da Cultura disse no seu discurso:

Sua excelência senhor presidente, Jorge Sampaio, senhoras e senhores, na ocasião de que S. Ex.ª senhor presidente da República Portuguesa Jorge Sampaio visita à China, está inaugurada solenemente aqui a exposição Portugal encontra a China. As 38 peças antigas importantes desta exposição são testemunhos dos contatos e intercâmbios antigos entre a China e Portugal, e oferecem ao público chinês uma boa oportunidade de conhecer mutualmente a história de intercâmbio entre os nossos dois países.

Durante os 26 anos depois do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, as relações entre os dois paíse têm desenvolvido corretamente, sobretudo depois do regresso de Macau à China, as relações entre a China e Portugal entram numa nova era de desenvolver, e os intercâmbios e cooperações em todas as áreas têm tornado-se cada vez mais estreitas. Até agora, o público chinês ainda tem uma impressão viva sobre os concertos representados pela Orquestra Sinfônica de Gubenkian de Portugal, quando ela visitou à China duas vezes. No ano passado, a exposição dos objetos preciosos de bronze antigo da China realizada no Museu de Shanghai em Lisboa, também deixou ao público português uma impressão profunda.

Aqui, também quero aproveitar esta oportunidade para expressar os nossos agradecimentos ao Instituto de Camões do Minstério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, ao Museu de Palácio Imperial da China, à Biblioteca Nacional e ao Primeiro Arquivo Histórico da China por todos os esforços feitos para organizar esta exposição. Desejo que a exposição esteja com grande sucesso. Muito obrigado por todos.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas de Portugal, António Monteiro disse no seu discurso:

Como o Ministro da Cultura chinês disse, e muito bem, esta exposição testemunha séculos de convivência entre Portugal e a China. Viemos por mar à China em 1513 através de Jorge Alvares. Por isso, Portugal abriu as portas da Europa à China. Foi Portugal o primeiro país europeu a divulgar na Europa a língua chinesa através dos dicionários produzidos por Jesuítas. Portugal foi também o veículo do mandarim na Europa. A China por seu lado deu a Portugal muitos elementos da nossa cultura e alguns deles estarão aqui expostos como as porcelanas que nós viemos a buscar a inspiração chinesa. Durante séculos até ao século 18, Portugal e a China foram os protagonistas principais da relação entre a Europa e Ásia. Depois as nossas relações centraram-se muito em Macau, e como S. Ex.ª Presidente da República lembrou esta manhã numa conferência e no ambiente muito comovente na Universidade de Comunicações da China, o modo como Portugal e a China procederam à transferência de Macau para administração da China, os séculos de diálogo e de entendimento entre os dois países. Hoje, eu não diria como há pouco que Portugal e a China são ainda os principais protagonistas das relações entre a Europa e a Ásia. Não temos essa pretensão, mas somos com certeza Portugal, na UE, e a China, parceiros indiscutíveis e extremamente importantes para uma nova ordem mundial baseada no entendimento, na paz, no diálogo e no multilateralismo.

Eu queria agradecer muito o trabalho de todos que estiveram envolvidos nesta exposição, a Embaixada de Portugal em Beijing, o Instituto de Camões e também e a sua presidente Dra.Simonetta Luz Afonso. Queria agradecer todas as entidades que colaboraram para que o reforço das relações entre Portugal e a China seja uma realidade. E como o Sr. Ministro da Cultura da China só posso desejar o maior êxito a essa exposição e maior êxito na cooperação entre Portugal e a China. Muito Obrigado.

Na exposição, estão exibidos vários artigos significantes na história das relações culturais entre a China e Portugal, incluindo porcelanas, documentos, assim como livros. No salão, entrevistámos Mui Li, vice-secretária da Associação da Promoção da Cultura Chinesa. Ao falar sobre os intercâmbios culturais entre a China e Portugal, ela disse:

A Associação dos Círculos Culturais da China e a Fundação Oriente mantêm estreitas relações. Trabalhamos há muitos anos na apresentação da literatura portuguesa aos leitores chineses. Desejamos que a amizade entre os dois países seja eterna e a cultura da China e de Portugal se desenvolva e tenha a prosperidade na nova era.

Para os chineses, Portugal ainda não é um país bem conhecido, e eles querem conhecer mais sobre este país fascinante:

Desejamos conhecer a sua cultura contemporânea, e a arte da atualidade. Acho que esta exposição representa uma janela aberta a Portugal e deu-nos uma oportunidade para conhecer Portugal.

Bem como o Ministro da Cultura Chinês, Sun Jiazheng, disse:

A cultura é ponte de comunicar o sentimento de pessoas, só quando se entenderem mutualmente e se comunicar entre si, todas as nações podem desenvolver em comum. Nós sempre damos grande importância às relações cooperativas de cultura entre a China e Portugal. Desejamos que nós esforcemos juntos com colegas da parte portuguesa para promover mais as relações culturais dos nossos dois países.