Em tempos idos, a escultura em madeira utilizava-se na arquitetura e confecção de móveis e, durante as dinastias feudais, esculpiam-se com temas religiosos.

A escultura de madeira de buxo, de canforeira, a madeira esculpida e dourada e as raízes de árvores são os principais elementos dos produtos deste ramo da escultura. Estes objetos de madeira servem principalmente à decoração e mobiliário - baús, armários e biombos.

O buxo cresce muito lentamente, pelo que tem um sobrenome popular: "anão de mil anos". Pela sua dureza e cor amarela, é muito utilizado para esculpir figuras humanas. Como o cheiro natural da canforeira repele os insetos, esta é pois, uma matéria ideal para baús e móveis.

Lou Shuiming, velho escultor de madeira de Dongyang, Zhejiang, dedica-se a este trabalho há mais de sessenta anos. Usa a técnica de alto relevo tradicional, executada habilmente e uma peça nas suas mãos é agradável para apreciar de todos ângulos.

As mesinhas para chá, mesas, aparadores, armários para livros, baús e biombos por ele desenhados são muito procurados no estrangeiro. A madeira esculpida de Longyan de Fujian que apresenta uma cor escura e brilhante, possui um sabor antigo e dá uma sensação de objeto metálico. A madeira esculpida e dourada de Guangdong é entalhada e logo laqueada com dourados, dando como resultados objetos soberbos.

Escultura em marfim

A elaboração de objetos artesanais com dentes de animais tem origem da Idade da Pedra. Na dinastia Shang já existiam peças de marfim. Na Nova China, este ofício espalhou-se para Beijing, Guangzhou e Shanghai.

As suas principais obras representam figuras humanas, paisagens, pássaros e animais, cestas com flores, miniaturas e outros artigos de uso diário, assim como pauzinhos para a comida, caixas para pó de toalete, broches, carimbos e cachimbos.

Os artesãos de Beijing são peritos em figuras humanas, aplicando o método da escultura em redondo.

As "esferas da felicidade" de marfim, miniaturas de barcos e pagodes de Guangzhou gozam de reputação mundial. O artesão Wen Rongbiao herdou a técnica dos seus antepassados, os quais podiam, numa bola de dez centímetros de diâmetro, esculpir vinte e oito capas; ele esforçou-se em superar essa habilidade e conseguiu já talhar bolas do mesmo tamanho, com quarenta ou quarenta e cinco capas, onde cada uma gira sobre si mesma, livre das outras.