No dia 14 de outubro de 2004, o presidente da República Popular da China, Hu Jintao, realizou uma solene cerimônia na praça do portão leste do Grande Palácio do Povo, para dar as boas vindas ao presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.
O presidente do Paquistão, Aziz, foi o último presidente a efetuar uma visita à China em 2004. Um dos frutos importantes da sua visita foi os sete documentos de cooperação assinados com a China sobre o comércio e investimento.
Desde os programas de cooperação estratégica em longo prazo até aos artigos de uso diário como vegetais e frutos, bem como as atividades econômico-comerciais, marcaram a China em 2004.
De acordo com o diretor do Departamento de Economia Internacional do Instituto de Diplomacia da China, Jiang Ruiping, os intercâmbios e cooperações econômicas já se tornaram o pilar importante em orientação e promoção das relações de boa vizinhança da China. A harmonia entre as cooperações econômicas e as relações diplomáticas eleva o potencial da China nos países vizinhos, o que se reflete nas cooperações entre a China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ANSA). Na reunião dos líderes da China e da ANSA realizada no fim de novembro, esta reconheceu o status de plena economia de mercado da China, fato que foi considerado pelo New York Times «a grande vitória da diplomacia econômica da China».
A China e a ANSA assinaram o acordo comercial de mercadorias e o acordo do mecanismo da solução de disputas. Além de diminuir e isentar as tarifas alfandegárias, as partes formaram ainda um programa para preparar as cooperações nos próximos cinco anos e pôr em prática a declaração conjunta da parceria estratégica.
A diplomacia econômica se reflete também na promoção das relações bilaterais:
Foram definidos mais de 4300 quilômetros de fronteira entre a China e a Rússia;
Foram concretizados dois encontros entre os líderes da China e do Japão sob o quadro multilateral.
De acordo com o diretor da Faculdade de Diplomacia do Instituto de Diplomacia, Zhang Lili, a diplomacia econômica vem se destacando com o desenvolvimento diplomático. Combinadas a diplomacia e a economia, a diplomacia econômica dá ênfase à promoção das relações diplomáticas através de fatores econômicos. Quando se refere a isso, a Organização de Cooperação de Shanghai, que se baseia nas cooperações de segurança, nos dá um bom exemplo. Além de criação formal das suas duas instituições permanentes---o Secretariado em Beijing e a Instituição antiterrorista em Tashkent, a China e os países da Ásia Central também chegaram ao consenso nas cooperações econômico-comercial e enérgica.
O governo chinês deu muita importância à diplomacia econômica em 2004. Segundo o presidente chinês, Hu Jintao, a China deve reforçar a diplomacia econômica e promover a estratégia com o fim de atrair capitais estrangeiros e avançar para o mercado internacional. Em 2004, foi realizada pela primeira vez a reunião da diplomacia econômica para os países em desenvolvimento. O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, revelou os princípios de orientação da diplomacia econômica em relação aos países em desenvolvimento: respeito recíproco, igualdade, adoção de políticas em busca da promoção econômica, benefício recíproco, desenvolvimento comum, formas diversificadas de cooperação, assim como efeitos práticos. A maioria dos países vizinhos da China está em fase de desenvolvimento. Os princípios mostram exatamente as políticas diplomáticas da China, que visa a boa vizinhança, estabilidade e enriquecimento dos países vizinhos.
De acordo com o diretor da Comissão dos Estados Unidos para a Cooperação Econômica da Região Ásia-Pacífico, a crescente influência da China nos palcos político e econômico na Ásia resulta da sua crescente influência econômica. A China está criando um bom ambiente diplomático, fazendo com que a comunidade internacional se aproxime gradualmente .
O crescimento chinês traz também paz, segurança e prosperidade aos países vizinhos. O volume comercial da China para a ANSA tem registrado déficit há muitos anos; 80% das propostas formuladas pela China sobre as cooperações regionais foram realizadas ou estão sendo cumpridas; a China promove ativamente as negociações do Sexteto, mantendo a questão nuclear da península coreana no caminho da solução por intermédio dos diálogos.
O ex-presidente de Cingapura, Goh Chok Tong, e o ex-primeiro-ministro da Malásia, Mahathir, tratam a China como um «elefante amistoso». Tudo isso mostra que a diplomacia da China entrou num período de paz regional, da busca do equilíbrio e da prática.
|