Desde a Cúpula de Tashkent da Organização de Cooperação de Shanghai, a Cúpula Informal da APEC, à Cúpulas da ANSA e desde a Rússia, França, Gabão a Cuba, em 2004, líderes chineses mostraram a todo o mundo sua atitude aberta e prática e seu estilo diplomático eficiente. Estas 5 palavras chaves mostram, em certo sentido, alguns focos da diplomacia chinesa no ano passado.
Servir ao povo
"Servir ao povo" se trata a palavra política mais referida em 2004. Na 2ª plenária da 10ª Assembléia Popular Nacional da China, realizada no início do ano, o chanceler chinês, Li Zhaoxing, afirmou à imprensa nacional e estrangeira que a diplomacia deve servir ao povo.
A afirmação de Li Zhaoxing obedece à realidade. Hoje em dia, um número crescente de chineses deixa o país em viagens de negócios ou de carácter turístico, ficando expostos a uma série de dificuldades. Uma série de seqüestros e acidentes envolvendo cidadãos chineses preocupou muito os líderes e o povo da China. Após os fatos, a Chancelaria chinesa enviou imediatamente sua equipe diplomática, a fim de auxiliar os compatriotas e tratar os assuntos posteriores.
Zona de comércio livre
Em novembro de 2004, a China e a ANSA assinaram o "Acordo Estrutural de Cooperação Econômica em Todas as Áreas" e "Acordo do Mecanismo sobre a Solução de Divergências", dando um grande passo no caminho da criação de Zona de Comércio Livre China-ANSA, o que constitui o fruto mais notável das Cúpulas da ANSA do ano passado.
No mesmo mês, o presidente chinês Hu Jintao visitou o Chile e anunciou juntamente com o presidente chileno a abertura das negociações sobre o estabelecimento da Zona de Livre Comércio China-Chile. Segundo os funcionários responsáveis, o programa, depois concretizado, será mais um bom exemplo na cooperação Sul-Sul.
Logo depois, as negociações entre a China, Nova Zelândia e Paquistão para a criação de uma Zona de Livre Comércio também foram inauguradas.
levantamento da proibição de venda de armas à China
A imprensa considera o ano de 2004 como o "Ano Europeu" da diplomacia chinesa, pois as relações sino-européias evoluíram constantemente. No entanto, a proibição da venda de armas à China, política adotada pela UE nos últimos 15 anos, é um obstáculo para o desenvolvimento das relações entre as duas partes.
Na Cúpula do Centro Européia, realizada em dezembro de 2004, a UE não trouxe notícias positivas. A entidade, a pretexto de problema dos Direitos Humanos, afirmou que o fim da proibição desfavorecerá a situação no Estreito de Taiwan. Quanto a isso, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou que a proibição da venda de armas à China é resultado da guerra fria. A China, ao pedir o cancelamento da política, não dá sinais de que deseja adquirir armamentos, mas ao fim da discriminação política.
Mesmo assim, as boas relações sino-européias são de benefício recíproco. Depois, o responsável pelos Assuntos Exteriores da UE, Javier Solana, disse que as partes concernentes levantariam o embargo no primeiro semestre de 2005. O chanceler da Holanda, país-presidente rotativo da UE, insinuou muitas vezes que a sua entidade estava se dedicando a romper todos os obstáculos interiores e exteriores para a continuação do desenvolvimento das relações sino-européias.
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