Delas, a do Henan é a mais antiga, enquanto que a de Yangliuqing é mais conhecida por sua técnica de produção.

Segundo Zhang Keqiang, quem herdou a arte de várias gerações, se necessitam mais de vinte dias para esculpir uma tábua de madeira de pinturas de Ano Novo, enquanto o tempo para pintar depende do complicado do quadro.

Zhang Keqiang é propietário de dois ateliês em Yangliuqing, que lhe produzem um ingresso anual de entre 400.000 e 600.000 yuans (US$48.000 a 72.000 dólares) pela venda de entre 5 e 6 mil pinturas.

"No passado, os artesãos pintam as gravuras com cinco ou seis tábuas de madeira, cada uma com uma cor principal", explicou Zhang Hao, filho de Zhang Keqiang, quem se dedicou à arte desde criança.

Assinalou que na atualidade são os pintores os que pintam as cores a mão, algo que garantiza a fineza das pinturas, um processo técnico que o ajuda a encabeçar os quatro tipos de pinturas de Ano Novo.

Zhang Hao tem 24 anos e estudava belas artes em uma escola pedagógica. Confessou que não gostava da professão no início, mas o tempo e a vontade de seu pai lhe fez mudar a ideia.

"Gosto agora da arte, é um mundo amplo e bonito", expressou o jovem, ao mostrar aos visitantes as técnicas de pintar.

Criada na dinastia Ming (1380-1644), a pintura de Ano Novo de Yangliuqing chegou a seu apogeu em meados da dinastia Qing (1644-1911), quando os pintores do povoado estabeleceram várias dezenas de tendas e ateliês em Beijing.

As pinturas de Ano Novo de Yangliuqing desfrutavam de muito boa aceitação no mercado, manifestou Xiao Peizhi, quem agregou que as pinturas foram conservadas não só por celebridades e a gente comum, como também pelos museus de países europeus como Reino Unido, França, Alemanha e Itália.

"Temos criado uma página bilingüe na internet sobre a arte. Além disso, criamos cursos especiais em colaboração com as escolas locais e pomos a arte como uma das disciplinas do currículum escolar do ensino primário e secundário", expressou a funcionária.

Como muitas outras artes folclóricas, a pintura de Ano Novo de Yangliuqing decaiu até que quase desapareceu nos finais da dinastia Qing devido à invasão de países europeus.

Não conseguiu recuperar-se logo depois da fundação da República Popular da China em 1949 devido a várias razões históricas e sociais da época.

A exposição patrocinada pelo governo local e o Museu de Literatura Moderna da China com sede em Beijing, marcou o início da recuperação da pintura de Yangliuqing, afirmou Li Rongsheng, diretor do museu.

Além das 50 pinturas, a mostra exibe várias tábuas de madeira antigas e carteles que relatam a história da gente de Yangliuqing e sua arte.

A exposição se manterá até o dia 26 do próximo fevereiro de 2005.