Variando nas suas características físicas, os planaltos da China estendem-se por vastas áreas. Os quatro maiores são o planalto de Qinghai-Tibet, o planalto de Yunan-Guizhou, o planalto da Mongólia Interior e o planalto de Loess. Cobrem um quarto do território do país.
O Planalto de Qinghai-Tibet
O Planalto de Qinghai-Tibet no sudoeste da China abrange principalmente a Região Autônoma do Tibet, a província de Qinghai e a província do Sichuan ocidental. Com uma área de 2,2 milhões de quilômetros quadrados e uma altitude média de mais de 4.500 metros, é o maior e mais alto planalto do mundo. À sua volta as gigantescas e massivas cordilheiras montanhosas - os Himalaia a sul, as montanhas Kunlun a norte, as montanhas Karakurum a oeste e as montanhas Hengduan a leste. Com numerosos picos nevados e glaciares, o planalto de Qinghai-Tibet é conhecido por "Tecto do Mundo".
Situado no interior do continente asiático, o planalto de Qinghai-Tibet e a bacia hidrográfica e nascente de numerosos grandes rios a leste, sul e centro da Ásia ? o rio Yangzê, o rio Amarelo, o rio Lansang (Megong superior), o rio Nujiang (Salween superior). Yalutsangpo (Bramaputra superior), o Ganges, o Indo e o Tarim. Correndo radialmente das magnificentes cadeias montanhosas que rodeiam o planalto, são poderosas fontes de energia hidráulica. Estas terras altas estão semeadas de lagos, especialmente o planalto do Norte do Tibet que é uma região da China com numerosos lagos. Muitos são salgados, providenciando condições favoráveis para o desenvolvimento de indústrias de produtos químicos e aquáticos. O lago Qinghai de 4.400 quilômetros quadrados é o maior lago salgado da China ao passo que o lago Namu na Região Autônoma do Tibet, com uma área de 2.400 quilômetros quadrados e a 4.600 metros acima do nível do mar, é o mais alto grande lago do mundo. Com abundantes pastagens na área dos lagos, o planalto de Qinghai-Tibet é uma das zonas mais importantes de criação de gado da China.
O clima defere entre o norte e o sul do planalto. Devido às monções, o clima nos vales do sudeste do Tibet é quente e húmido. A temperatura média anual é de 10ºc e a precipitação anual atinge em muitos locais mais de 1.000mm. A região é principalmente agrícola, produzindo cevada chingko, trigo e colza. O Chayu, região leste das montanhas do Himalaia, pelo seu clima subtropical, produz colheitas abundantes de arroz, citrinos, bananas e cana de açúcar. Os planaltos central e norte do Tibet são frigidos e secos, cobertos de gelo e neve durante seis meses por ano e têm uma precipitação anual de menos de 200mm.
O clima no planalto é extremamente variável, com uma variação de 20 graus entre a temperatura diurna e nocturna. Isto, combinado com o sol intenso favorece de certa maneira e cultura. Nos últimos anos, os povos das diversas nacionalidades do Tibet, ultrapassando dificuldades causadas pelo clima traiçoeiro, realizaram experiências de cultura científica. Muitas culturas do interior foram aclimatadas aos vales das terras altas, trazendo um acréscimo favorável à produção de cereais. Pepinos, tomates e outros vegetais são agora largamente cultivados. Pela primeira vez na sua história, o planalto também produz tabaco, chá e açúcar.
Antes da libertação, o planalto do Tibet não tinha estradas de ligação com o interior, e o yak era o principal meio de transporte. Hoje, três linhas de ferrovias principais ? Sichuan-Tibet, Qinghai-Tibet e Xinjiang-Tibet e muitas estradas unem o Tibet ao resto do país.
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