A reunião permanente do Conselho do Estado da China anunciou o crescimento da safra agrícola deste ano. A colheita de cereais deve atingir a casa de 455 milhões de toneladas. A preocupação dos chineses com as consecutivas quedas na produção de alimentos observada nos últimos anos foi superada, conforme o documento nº1 expedido pelo Comitê Central aos 900 milhões de camponeses.

Na província de Heilongjiang, por exemplo, a produção atingirá 31,35 milhões de toneladas, um aumento de 25% em comparação com o do mesmo período do ano passado. Segundo a mesma fonte, a safra por mu (15 mus =1 hectare) bateu o recorte histórico.

Na província de Jilin, a produção de alimentos chegou a 25 milhões de toneladas, com um aumento de 10%.

A produção dos cereais na província do Henan subiu para 42,7 milhões de toneladas, ultrapassando a colheita de 1999.

A safra de 455 milhões de toneladas é significava para o desenvolvimento social e econômico da China.

Para um gigante país com 1,3 bilhões da população, a segurança alimentar se relaciona com a economia nacional e vida do povo. Nos meados dos anos 90 do século passado, a capacidade produtora dos cereais da China atingiu 500 milhões de toneladas, mantendo um equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado. Nos últimos tempos, no entanto, a produção acompanhou a queda de preços praticados no mercado. Alguns especialistas ocidentais se preocuparam com esta trajetória, pois ela pressionaria o mercado mundial de cereais. Uma crise na produção agrícola chinesa implica numa ameaça ao próprio planeta.

Nesse momento crítico, o Comité Central deu a conhecer no princípio de 2004 o documento nº1, que mobilizou os camponeses e assentou as bases para o aumento da safra. O Comitê Central lançou uma série de políticas preferenciais para agricultores e de subsídios aos camponeses; baixou uma série de isenções de impostos e aumentou o valor dos subsídios aos cultivadores de cereais.

Antes do dia primeiro de outubro, o país havia destinado 11,2 bilhões de yuans para a safra de cereais, cifra esta ocupa 96% do total de subsídios. Cerca de 600 milhões de camponeses foram beneficiados pela política nacional. Ao mesmo tempo, a reforma dos impostos agrícolas reduziu em 30% o encargo dos agricultores. Nas províncias de Jilin e Heilongjiang, bem como em Beijing e Tianjing, os impostos agrícolas forma abolidos. Juntos, eles somam 28 bilhões de yuans.

A safra de cereais deste ano alterou a trajetória de queda verificada nos últimos 4 anos e tende e é uma grande notícia para os chineses e para o mundo.