Dia primeiro de outubro marcou as comemorações do 55º aniversário da fundação da República Popular da China. Desde 1949, a China vem procurando seu próprio caminho de desenvolvimento, obtendo notáveis resultados apesar de alguns revezes.

O período inicial foi extremamente difícil. Devido aos anos em que o país permaneceu sob a invasão das potências estrangeiras e aos saques imperialistas, às guerras entre os caudilhos militares e ao decadente governo do Kuomintang, a base industrial da China era precária, a produção agrícola, insignificante e, de uma forma geral, o país enfrentava uma severa carência de mercadorias.

Em relação ao cenário externo, a ex-União Soviética era o único país que proporcionou uma assistência à China. No final dos anos 50, a deterioração das relações entre a China e a URSS, levou a última a suspender toda a assistência tecnológica aos chineses. Durante duas décadas, a China se apoiou nas próprias forças a fim de construir economicamente o País e o seu sistema de Defesa.

A Nova China estava determinada a construir um país socialista e transplantou quase inteiramente o modelo econômico da URSS, mantendo-o por pelo menos 20 anos. Além do desfavorável cenário externo, os dirigentes chineses cometeram algumas falhas em suas decisões, o que causou uma confusão econômica no País no final dos anos 50.

Apesar disso, o país obteve nos anos 60 e 70 muitos êxitos: novas cidades surgiram uma após outra, a expectativa de vida da população aumentou, obteve-se o desenvolvimento da bomba atômica, mísseis de defesa e de satélites artificiais. Tais fatores elevaram a projeção externa chinesa.

Em 1976, o líder chinês Mao Zedong faleceu. Pouco tempo depois, Deng Xiaoping tornou-se o principal líder da nova coletividade dirigente chinesa. Depois de profundas reflexões sobre as três décadas anteriores, Deng considerou que a China deveria adotar um novo modelo econômico em busca de um desenvolvimento mais acelerado, ao invés de continuar optando pelo modelo soviético. Com base neste pensamento, ele decidiu realizar uma série de profundas transformações internas e adotar a política de reforma e abertura ao exterior.

Desde fins de 1978, a reforma e abertura ao exterior vem impulsionando o rápido processo de expansão sócio-econômica da China. Há um quarto de século, a economia chinesa conhece notáveis taxas de crescimento. Essa rápida transformação pôs fim ao racionamento ou falta de produtos que assolou os chineses durante muitos anos.

A China também recuperou a soberania sobre Hong Kong e Macau (1997 e 1999, respectivamente) de acordo com o princípio de "Um país, Dois sistemas", uma das teorias formuladas por Deng Xiaoping. Após o seu retorno à Pátria, Hong Kong e Macau mantêm sua prosperidade e estabilidade.

O ano de 2003 marcou a substituição dos governantes chineses. Os novos líderes do País, tendo Hu Jintao como núcleo, se empenham no fortalecimento da capacidade de administração do Partido Comunista da China (PCCh) e enfatiza a necessidade de levar a população em consideração, estreitar as relações entre o governo e a sociedade e servir melhor aos interesses populares.

Os 55 anos representam um curto espaço de tempo na milenar trajetória da Nação Chinesa. A Nova China, no entanto, possui uma extraordinária história. Hoje, ao recordar o seu passado, os chineses estão mais confiantes em seu futuro.