A Avenida Nanjing, a rua mais movimentada da metrópole oriental chinesa de Shanghai, tem-se transformado em um cenário de competência para as mercadorias de luxo importados com o crescente poder aquisitivo dos residentes locais, graças ao vigoroso desenvolvimento econômico neste centro de finanças da China.
No West Gate Mall, situado na seção ocidental da mencionada avenida, abriu-se recentemente uma loja de "Dior Cosmetic", um dos estabelecimentos mais luxuosos de Dior, que além da China só se pode encontrar na França e Japão.
"Dior tem plena confiança no mercado chinês, enquanto Shanghai tem sido uma das cidades de moda no mundo", explicou Li Dakang, gerente de Dior na China.
O volume de venda dos produtos de Dior registrou 11 milhões de yuans (US$1,4 milhão) anuais no West Gate Mall, cifra que subirá aos 15 milhões de yuans (US$1,8 milhão) com a abertura da nova loja, afirmou Li.
A luxuosa marca francesa selecionou uma estrela de cinema hongkonesa como protagonista de um anúncio para promover suas vendas na Ásia, que só na China mostram um crescimento anual de entre uns 40 e 50 por cento.
Na mesma avenida Nanjing se concentram as tendas de Louis Vutton (LV), Armani, Cartier, Emengildo Zegna, entre outras.
Uma investigação da Associação de Estratégia de Marcas (AEM) da China assinalou que neste país asiático há uns 160 milhões de consumidores que preferem as mercadorias de luxo, uns 13 por ciento da população total.
Espera-se que esse grupo de pessoas, cujos ingressos anuais médios alcançam 240.000 yuans (US$30.000), aumente até 250 milhões em 2010.
Consumidores chineses costumam gastar dinheiro nas mercadorias pessoais, como cosmésticos, perfumes ou relógios, enquanto os de países ocidentais o fazem em habitações, carros ou viagens, assinalou Yang Qingshan, secretário-geral da AEM.
O poder aquisitivo de mercadorias luxuosas dos chineses tem chamado a atenção de muitas multinacionais.
As estatísticas do Departamento de Turismo da França mostram que os gastos médios dos turistas chineses nesse país europeu são quase quatro vezes superiores aos de visitantes procedentes da Europa e América.
Os costumes e a psicología de consumo dos chineses têm sido temas de investigação de algumas empresas comerciais de luxo.
Sem embargo, as marcas luxuosas se vem obrigadas a enfrentar vários obstáculos para sua maior participação na China, como a violação dos direitos de propriedade intelectual e os productos falsificados.
Além disso, as altas taxas alfandegárias de importação dessas mercadorias luxuosas têm incrementado seus preços na China, o que afeta muito o consumo por parte dos chineses comuns.
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