A exposição de arte e artesanato chinês, inaugurada dia 18 de novembro no Centro Cultural dos Correios do Rio de Janeiro, produziu uma profunda impressão nos numerosos brasileiros.
Na cerimônia de abertura da exposição, o presidente da Associação Comercial do Rio, Marco Polo Moreira, agradeceu o evento cultural promovido pelas autoridades chinesas à cidade, a única do Brasil que recebeu esta coleção de esculturas, bordados e cerâmicas.
"Tem-se falado muito do intercâmbio comercial durante esta Semana Cultural da China no Brasil, mas, o Rio de Janeiro foi privilegiada ao receber dois eventos culturais de primeira magnitude, o espetáculo musical Viver e sentir a China e esta magnífica exposição artística", disse Moreira.
O vice-ministro do Gabinete de Imprensa do Conselho de Estado da China, Li Bing, recordou que estas celebrações comemoram os 30 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, além da recém terminada visita do presidente da China, Hu Jintao, eventos que reduzem cada vez mais a distancia entre os dois grandes países da Ásia e da América do Sul.
"Tenho a honra de apresentar-lhes as obras dos melhores mestres artesãos da China, que escolhimos para apresentar no Brasil ", disse Li Bing.
"Todas as nações têm sua cultura particular e grandes nações como o Brasil e a China têm diversas culturas locais. Um efectivo intercâmbio cultural entre ambas fortalecerá sem duvida a amizade e o entendimento entre seus povos", afirmou o vice-ministro chinês.
A minuciosidade dos detalhes foi um dos elementos que mais chamou a atenção dos brasileiros que em seguida se puseram a visitar as instalações da exposição, especialmente nas esculturas em pedra e madeira.
"Eu já vi alguns bordados chineses, que também são muito minuciosos, mas não esperava que o que é possível fazer com fios e agulha fosse também possível na escultura em pedras como ágata", disse uma senhora carioca à Agência de Notícias Xinhua.
Um jovem estudante, por sua parte, ficou encantado com as pequenas botelas pintadas interiormente.
"É incrível como dois países tão distintos e tão distantes podem desenvolver formas de artesanato popular tão semelhantes: nós temos uma arte popular muito parecido nos estados do Nordeste do país, só que feita com areia de cores", explicou.
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