g Na sociedade moderna, os livros desempenham um importante papel no intercâmbio cultural.
Já no período histórico de Primavera e Outono, 2 mil e 700 anos atrás, apareceram livros na China. Entretanto, os livros então usados eram inteiramente diferentes dos de hoje.
Os mais antigos livros chineses eram feitos de cascas de tartaruga ou ossos de animais, isto é, os ideogramas ou pictogramas eram gravados em cascas de tartaruga ou em ossos de animais. E depois, passaram a ser gravados em utensílios de bronze ou simplesmente em pedra. Estas cascas, ossos, utensílios de bronze ou pedra com ideogramas ou pictogramas eram os livros mais antigos livros. Mas, há especialistas que sustentam que não se tratam de livros, mas sim uns simples registros de sinais ou ideogramas.
Sendo assim, os mais antigos livros no verdadeiro sentido da palavra eram os de chapas de bambu ou de madeira. Escrevia-se com pincel nessas chapas e estas seriam depois fiados com barbantes de seda ou couro segundo a ordem. Segundo a tradição, Confúcio gostava do livro Yi Jing, ou livros das mudanças, e o leu tantas vezes que os barbantes de couro quebraram.
Segundo os especialistas, os livros assim feitos de chapas de bambu ou madeira eram usados nas dinastias Shang e zhou, entre os século 17 e 11 antes do Cristo. Durante o período histórico de Primavera e Outono, 2700 anos atrás, reinava uma atmosfera muito animada das discussões acadêmicas, de forma os discípulos das diversas escolas aprendiam e copiavam os pensamentos e ensinamentos de seus mestres, conduzindo o aparecimento maciço de tais livros de chapas.
Durante os mais de mil anos entre esse período e as dinastias Han do Leste e Oeste, o uso de livros de chapa chegou a seu apogeu. Tais livros desenterrados pelos arqueólogos foram na sua maioria dessa época. Nos anos 30, foram descobertas mais de dez mil dessas chapas de madeira na província de Gansu, noroeste da China, onde posteriormente foram desenterradas mais 20 mil, das quais se encontrava o famoso livro das artes militares de Sunbin, de saparecido durante mil e 700 anos, pondo ponto final à polémica acadêmica dos historiadores sobre este livro.
As chapas tinham que ser tratadas por um processo bastante complicado para serem conservados durante longo tempo sem se apodrecer ou ser carcomidas.
Estes livros eram bastante pesados. Segundo registros históricos, o primeiro imperador chinês Qin Shi Huang lia diariamente mais de 100 quilos de oficíos. A leitura não era apenas um trabalho intelectual, mas também um trabalho braçal.
Paralelamente aos livros de chapas de bambu e madeira, circulavam-se livros de seda, pois os chineses dedicavam-se à sericicultura desde os tempos remotos. Os livros de seda eram muito mais leves e serviam também para pinturas. Entretanto, pelo custo muito mais elevado, o uso de tais livros limitava-se à corte e às famílias dos aristocratas, sendo por isso apenas uma forma complementar dos livros de chapas de bambu e de madeira.
Livros de seda e pinturas em seda vem sendo desenterrados em nossa época . Os três mapas militares num tumba da Dinastia Han, situada na Província de Hu Nan constitui os mais antigos mapas descobertos aqui na China.
Os livros de bambu ou madeira eram bastantes pesados, e os de seda eram demasiado caros, o que levaram os chineses a explorar novos materiais. Em fins da Dinastia Han do oeste os chineses começaram a fabricar papel com fibras vegetais, e em meados da Dinastia Han do Leste, a qualidade do papel melhorou consideravelmente. Com a posterior invenção da tipografia, apareceram finalmente livros de papel.
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